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Mais uma noite de violência em protestos contra as medidas impostas pelo Governo com vista ao combate da pandemia. Cinco polícias ficaram feridos e pelo menos 40 manifestantes foram detidos, na madrugada de domingo, em três províncias dos Países Baixos, avança a Reuters.
As autoridades holandesas usaram canhões de água, cães e polícias a cavalo para tentar dispersar os cidadãos. Já na madrugada de sábado, segundo afirmou o presidente do município de Roterdão, Ahmed Aboutaleb, a polícia teve de recorrer às armas, em várias ocasiões, para conter o que descreveu como "uma orgia de violência".
Os manifestantes contestam o regresso ao confinamento parcial, com pelo menos três semanas de restrições destinadas a combater o novo coronavírus.
Também ocorreram protestos na Suíça, Croácia, Itália e Irlanda do Norte, numa altura em que vários países tornaram obrigatória a apresentação do certificado de vacinação para entrar em restaurantes e eventos desportivos.
Já este domingo, milhares de pessoas manifestaram-se no centro da cidade de Bruxelas. A marcha de protesto alinhou-se atrás de uma enorme faixa que dizia "Juntos pela Liberdade", percorrendo algumas ruas da cidade, com alguns manifestantes a protestarem também contra a vacinação, mas sem registos de violência.
A Bélgica estendeu o uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos e tornou o teletrabalho obrigatório, na tentativa de controlar uma nova vaga de casos de covid-19. "Os sinais de alarme estão a piscar no vermelho", disse recentemente o primeiro-ministro Alexander De Croo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) já manifestou grande preocupação com o aumento de casos de covid-19 na Europa e advertiu que cerca de 500 mil pessoas podem morrer até março de 2022 se não forem tomadas medidas urgentes.