Ainda aguarda autorização das autoridades para regressar a Portugal.
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O português com cancro terminal que se encontra retido na Colômbia a aguardar autorização das autoridades para sair do país após ter cumprido uma sentença judicial, Pedro Coelho, já deixou o hospital e encontra-se em casa, na Colômbia.
O filho, Pedro Miguel, que o tem acompanhado, adiantou ao JN que a família não tinha dinheiro para a última sessão de imunoterapia e que o medicamento "recomendado por oncologistas americanos, portugueses e até colombianos não está aprovado na Colômbia". No entanto, "os ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Saúde portugueses foram impecáveis e conseguiram a medicação". Terá sido prescrita a "título excecional".
O pai realizou aquela sessão e, entretanto, foi para casa, tendo agora que se deslocar ao hospital apenas para "tratamento de feridas", acrescentou Pedro Miguel.
O estado de saúde do português tem vindo a deteriorar-se rapidamente. No final do ano os médicos haviam referido à família que o cancro, um melanoma, se espalhara e estava "nos ossos, fígado e pulmões", devendo ter poucos meses de vida.
Como Pedro Coelho não tem acesso ao serviço de saúde público naquele país da América Latina, a família lançou uma angariação de fundos para fazer face às despesas. Ontem ia em 14 502 euros, valor que não é suficiente para os tratamentos.
Pedro Coelho tem vindo a solicitar que o deixem regressar a Portugal, até porque a pena a que foi condenado, por corrupção, já "foi cumprida", alega. As autoridades colombianas, porém, ainda não autorizaram.