Português no Luxemburgo garante: "Estou a perder muito dinheiro, mas vou dar a volta por cima"
Remy Manso é português e uma das maiores referências da restauração no Luxemburgo. Tem 34 anos, possui dez restaurantes e, apesar da crise, garante que vai abrir mais um por cada mês que estiverem fechados.
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"A situação no setor da restauração e de uma forma geral está bastante complicada. Apesar de ser otimista por natureza, tenho algum receio que esta crise transforme as coisas no futuro e não encontre as respostas adequadas para fazer face aos problemas que vamos enfrentar. Mas eu não desisto e se for necessário estou disposto a recomeçar tudo de novo", garante Remy Manso, à mesa de um dos seus restaurantes fechados, em Kirchberg.
A pandemia está a ser responsável por um dos maiores golpes no setor da restauração no Luxemburgo. Com o estado de emergência decretado há semanas pelo Governo, a vida social foi abruptamente interrompida. Hotéis, restaurantes, cafés e bares, outrora cenários preferidos para socializar e descontrair tiveram de fechar portas e muitos deles correm sérios riscos de nunca mais voltar a abrir. Remy também passa por dificuldades, mas mostra-se disposto a enfrentar a crise com os sócios e os mais de 200 empregados.
"Estou a ter um prejuízo na ordem dos 250000 euros mensais com despesas fixas e espero que as coisas melhorem e possam voltar à normalidade o mais rapidamente possível. Caso contrário, vai ser o fim para grande parte dos restaurantes e cafés no Luxemburgo. O Estado faz o que pode em relação aos salários, mas sobre as rendas tenho que as pagar na integralidade, sem receber nenhuma ajuda", reconhece o empresário.
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