Um português de 22 anos foi raptado no sábado de manhã no centro de Maputo por cinco homens armados. O jovem, filho de um casal de comerciantes natural de Évora, é a sexta vítima portuguesa de rapto.
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O crime ocorreu por volta das 9.30 horas de sábado na Avenida Samora Machel, no centro da capital moçambicana. Segundo o jornal "O País de Maputo", o jovem foi retirado da viatura em que viajava por cinco homens armados que se faziam transportar num veículo sem matrícula. Dois deles usariam pistolas de assalto tipo AK47.
A vítima, que esta segunda-feira ainda estaria sequestrada, nasceu em Évora, mas vive com os pais e um irmão - que ia casar no domingo - em Maputo desde 1996. É o sexto português raptado em Moçambique desde que esta onda de crimes começou há cerca de dois anos.
"Infelizmente, quando a Polícia dá resposta à criminalidade, os criminosos procuram forma de ludibriar a Polícia. Tivemos uma aparente acalmia nos últimos dias, que parece ter sido quebrada pelo que se passou no sábado", afirmou, à agência Lusa, o porta-voz da Polícia de Maputo, Orlando Modumane.
Contactado pelo JN, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, confirmou o rapto, mas recusou adiantar mais pormenores.
José Cesário lembra que a onda de raptos teve início em 2011 e que Portugal mantém a disponibilidade para ajudar as autoridades moçambicanas a combaterem estes crimes. Até agora, não foi feito qualquer pedido de ajuda.
Várias pessoas foram já condenadas a penas de prisão pelo seu envolvimento em raptos, incluindo elementos das forças policiais.
Os raptores escolhem principalmente empresários ou os seus familiares mais diretos. Até ao momento, apenas uma das vítimas, um rapaz de 13 anos, foi morto, na Beira.
*com Agência lusa