Centenas de portugueses aproveitaram os últimos dias de verão para darem um saltinho às Caraíbas mas muitos acabaram retirados dos hotéis onde estavam hospedados.
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140 portugueses retirados para Punta Cana
Jorge Gomes foi em viagem para a República Dominicana, integrado num grupo de 140 pessoas, mas os momentos de lazer que lhe foram prometidos acabaram frustrados pelo furacão, que já causou a morte a 13 pessoas nas Caraíbas.
Samaná ficou arrasada
O português estava instalado um hotel em Samaná, província no norte da ilha que ficou "totalmente arrasada".
Jorge foi retirado, esta quinta-feira de manhã, para Punta Cana, onde, apesar dos estragos, "o cenário está mais calmo".
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Às 13.30 horas locais (17.30 horas em Portugal continental), quando Jorge falou com o JN, ainda se via a chuva e o vento forte a bater na janela do quarto de hotel para onde foi mudado e onde aguarda uma melhoria do estado de tempo, com mantimentos oferecidos pela gerência.
Comida e bebida oferecida pelo hotel
Os habitantes reclamam da falta de bens essenciais
Jorge disse sentir-se "privilegiado" por ser turista, uma vez que os habitantes da zona ficam bastante mais prejudicados. Apesar de estarem a ser feitos esforços no sentido de reacomodar as pessoas afetadas pelo furacão, há muitas queixas, garante Jorge. Os habitantes da região reclamam sobretudo da falta de bens essenciais.
Apesar de as instituições da República Dominicana não estarem preparadas para fazer face aos efeitos de um furacão de categoria 5 - é a primeira vez que acontece - Jorge considera que o trabalho de "acautelar" e "aconselhar" as populações está a ser "mais ou menos bem feito".
Também em Punta Cana, o portuense Bruno Tiago, que esta quarta-feira falou com o JN, está instalado num hotel, na região de Uvero Alto. Como a gerência já tinha previsto, os hóspedes foram todos retirados dos quartos para um salão grande, mais afastado do mar.
Hóspedes foram retirados dos quartos
"O hotel foi impecável. Durante a noite, ouvia-se vento muito forte e chuva mas em nenhum momento sentimos insegurança", contou esta quinta-feira ao JN.