O presidente da Síria, Bashar al-Assad, desembarcou nesta quinta-feira na China, para sua primeira visita ao país em quase 20 anos.
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Assad deve comparecer no sábado à cerimónia de abertura dos Jogos Asiáticos e irá reunir-se com o presidente chinês, Xi Jinping.
A China está no grupo de aliados do presidente Assad e com frequência opta pela abstenção nas votações de resoluções contra Damasco no Conselho de Segurança da ONU.
A visita anterior de Assad à China aconteceu em 2004 e foi a primeira de um chefe de Estado sírio desde o restabelecimento de relações diplomáticas com Pequim, em 1956.
O regime de Damasco iniciou em 2023 um processo de aproximação com vários países árabes após anos de isolamento devido à guerra civil, que começou em 2011.
A normalização das relações foi referendada em maio com o retorno da Síria à Liga Árabe e a participação de Assad numa reunião na Arábia Saudita.
A China tem um papel cada vez mais importante no Médio Oriente, como demonstrou sua mediação na aproximação diplomática no início do ano entre o Irão e a Arábia Saudita, rivais históricos.
Numa altura de aumento da rivalidade com os Estados Unidos, a China intensifica as relações com as capitais que Washington tenta isolar. A capital chinesa recebeu este ano as visitas dos presidentes da Bielorrússia Alexander Lukashenko, do Irão, Ebrahim Raisi e da Venezuela, Nicolás Maduro. Várias autoridades da Rússia visitaram o país nos últimos meses e o presidente Vladimir Putin deve viajar à China em outubro.
Uma delegação do governo talibã do Afeganistão está na China atualmente.