As forças do presidente eleito da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, lançaram, esta quarta-feira, um "assalto final" à residência do presidente cessante Laurent Gbagbo, disseram fontes governamentais francesas à agência noticiosa France Presse.
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"Laurent Gbagbo vai ser tirado do seu buraco e colocado à disposição do presidente da República", disse Sidiki Konaté, porta-voz de Guillaume Soro, primeiro-ministro de Ouattara.
"As Forças Republicanas da Costa do Marfim [tropas pró-Ouattara] decidiram resolver o problema Laurent Gbagbo. Vamos à sua residência para pôr cobro a esta comédia. E iremos a todo o lado onde haja bolsas de resistência", acrescentou Konaté.
Desde as presidenciais de Novembro que a Costa do Marfim vive uma crise política que degenerou numa guerra civil. Ouattara foi reconhecido pela maior parte da comunidade internacional como o vencedor das eleições, mas Gbagbo recusou-se a largar o poder.
Nos últimos dias, as forças pró-Ouattara assumiram o controlo da maior parte do país, chegando à principal cidade, Abidjan, onde contaram com o apoio de tropas francesas e da missão da ONU para a Costa do Marfim (ONUCI).
Gbagbo continua a não reconhecer legitimidade a Ouattara e mantém-se entrincheirado num "bunker" em Abidjan.
O chefe do estado-maior das Forças Armadas francesas, Edouard Guillaud, afirmou, esta manhã, que a partida de Gbagbo é "uma questão de horas".