Uma monja tibetana imolou-se pelo fogo, na província de Sichuan. Tenazin Wangmo, de 20 anos, foi a primeira mulher a sacrificar-se desta forma para defender a causa tibetana.
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A imolação ocorreu no mosteiro de Kirti, província de Sichuan, onde nos últimos oito meses foram registadas várias imolações, e tentativas frustradas, de monges budistas.
De acordo com a organização Free Tibet, antes de morrer, a monja apelou à liberdade religiosa e ao regresso do líder espiritual dos tibetanos, Dalai Lama, exilado na Índia.
A imolação aconteceu depois das forças de segurança terem disparado contra os manifestantes tibetanos que protestavam contra a ocupação chinesa, no passado domingo.
Os disparos tiveram lugar no exterior da esquadra da polícia da localidade de Khekor, no município de Kandze, e desconhece-se porque é que a polícia abriu fogo sobre eles.
Segundo a organização Free Tibet, com sede em Londres, desconhece-se o paradeiro e o estado de saúde das vitimas.
"Os distúrbios no Tibete estão a ampliar-se. O número e a frequência das imolações não tem precedentes. A informação que nos chega do Tibete sugere que há mais pessoas dispostas a perder a vida para atrair a atenção internacional para as persistentes e brutais violações que sofrem os tibetanos por parte da china", assinalou Stephanie Bridgen, directora da organização.
Na semana passada, o Governo chinês qualificou as imolações de "actos terroristas encobertos" e assegurou que estavam "incitados pela banda de Dalai Lama".