A principal autoridade muçulmana sunita, Al-Azhar, manifestou indignação com o assassínio de um piloto jordano pelos jiadistas do Estado Islâmico, defendendo que estes devem ser "assassinados, crucificados ou mutilados" por "combaterem Alá e o seu profeta".
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Numa declaração emitida após a divulgação do assassínio do piloto da força aérea da Jordânia Muaz al-Kassasbeh, o líder da instituição, xeque Ahmed al-Tayib, manifesta "consternação por este ato cobarde".
O assassínio do militar, queimado vivo pelos jiadistas, "exige a punição referida no Corão para os opressores corruptos que combatem Alá e o seu profeta: morte, crucificação ou corte dos membros", afirmou.
Al-Tayib frisou no texto que o Islão proíbe o assassínio de inocentes, "incluindo durante uma guerra contra um inimigo opressor".
Muaz al-Kassasbeh foi capturado a 24 de dezembro, depois de o caça-bombardeiro F-16 que pilotava se ter despenhado no norte da Síria, durante uma missão da coligação internacional que combate os jiadistas.
Depois de várias ameaças, o grupo extremista Estado Islâmico divulgou um vídeo que mostra um homem, identificado como Kassasbeh, envolto em chamas dentro de uma cela metálica.
Em retaliação contra a morte do piloto, a Jordânia executou dois jiadistas iraquianos cuja libertação era reivindicada pelo Estado Islâmico.
Sajida Al-Rishawi, condenada à morte pela sua participação nos ataques terroristas de 2005 em Amã, e Ziad Karbouli, responsável da al-Qaeda, foram executados pelas 04.00 horas (02.00 horas em Portugal continental).