Os rebeldes ucranianos pró-Rússia que fizeram, na sexta-feira, reféns sete elementos de uma missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) acusaram-nos de serem "espiões da NATO" e prometeram mantê-los detidos.
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"Vão ser trocados por prisioneiros nossos. Não vejo outra forma de eles [observadores da OSCE)] serem libertados", declarou, segundo a agência AFP, Denis Pushilin, líder do grupo rebelde "República de Donetsk".
Pushilin falava em frente ao edifício dos serviços de segurança na cidade tomada pelos rebeldes Slavyansk, para onde o grupo de observadores da OSCE foi levado e mantido refém.
A cidade transformou-se no epicentro da tensão entre os militantes pró-russos e as autoridades ucranianas na parte leste do país, onde os rebeldes que apoiam o regime do Kremlin tomaram várias cidades.
Na sexta-feira, a ministra da Defesa alemã confirmou que os separatistas pró-russos tinham detido 13 pessoas, entre elas os elementos do grupo da OSCE, o seu intérprete e o motorista. Quatro dos observadores internacionais europeus são alemães, três dos quais pertencem às Forças Armadas.
Washington apelou à libertação imediata dos reféns e o Departamento de Estado, através da sua porta-voz Jen Psaki, sublinhou que existe "uma forte ligação entre a Rússia e estes separatistas".
O ministro da Administração Interna ucraniano adiantou que os observadores da OSCE foram parados num posto de controlo rebelde quando se prepararam para entrar na cidade de Slavyansk.