Mais de 3.000 manifestantes pró-russos tomaram, esta terça-feira, o edifício da administração regional de Lugansk, no leste da Ucrânia, noticiaram agências internacionais citando repórteres no local.
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Um grupo avançado de cerca de 20 jovens armados com barras metálicas partiu janelas para entrar no edifício, que não tinha proteção policial.
Já no interior, retiraram a bandeira da Ucrânia e hastearam a da Rússia, abrindo as portas para os restantes manifestantes entrarem.
O ataque à administração local foi lançado depois de terminar um ultimato dado às autoridades para libertarem pró-russos detidos.
Ãlexei Kariakin, um dos líderes do "exército de libertação de Donbass" (zona mineira da região de Donetsk), disse que não havia planos para tomar a administração e que o ataque se deu espontaneamente.
"O edifício da administração não nos interessa. O objetivo era dialogar com as autoridades", disse ao canal de televisão Annan News, que transmitiu em direto o ataque ao edifício.
O ativista assegurou no entanto que o edifício foi tomado "para evitar roubos".
Nas imagens, segundo a agência EFE, eram visíveis cerca de 100 agentes da polícia de choque que asusmiram posições defensivas mas não enfrentaram os manifestantes.
Os pró-russos de Lugansk, cidade de 465.000 habitantes próxima da fronteira com a Rússia, tomaram há cerca de três semanas a sede dos serviços de segurança locais.