Missa das exéquias será no sábado e terá a presença de vários líderes mundiais. Iniciam-se nove dias de luto e orações.
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Dezenas de milhares de católicos e admiradores do Papa poderão, a partir de quarta-feira, despedir-se pela última vez de Francisco, num ritual que culminará na missa das exéquias, no sábado. A cerimónia, que contará com a presença de autoridades de todos os continentes, acontecerá antes da inumação e marcará o início do período de luto oficial de nove dias pelo pontífice.
Às 9 horas da quarta-feira no Vaticano (uma hora a menos em Portugal continental), o corpo do Papa será trasladado da Capela da Casa Santa Marta até à Basílica de São Pedro, com uma procissão que passará pela Praça Santa Marta e pela Praça dos Protomártires Romanos, antes de entrar na Praça de São Pedro através do Arco dos Sinos. Quando a urna de Francisco estiver posicionada no Altar da Confissão, na Basílica, o cardeal camerlengo Kevin Joseph Farrell conduzirá a Liturgia da Palavra, abrindo o velório.
Os fiéis terão a possibilidade de prestar homenagens ao líder da Igreja Católica entre as 11 horas locais e a meia-noite desta quarta-feira. Na quinta-feira, o horário será das 7 horas e à meia-noite. No último dia, sexta-feira, a visita será possível entre as 7 e as 19 horas.
A missa das exéquias será celebrada às 10 horas (9 horas em Portugal continental) no átrio da Basílica de São Pedro pelo cardeal Giovanni Battista Re. Tal evento é o marco inicial do Novendiali, o período de nove dias de luto e orações. A cerimónia termina com os rituais da Última Commendatio e da Valedictio. O caixão do Papa será transferido para o interior da Basílica antes de ser enviado para a de Santa Maria Maior, a favorita de Francisco, onde será o enterro. O pontífice pediu, num testamento de 2022, um túmulo no chão “simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus”.
Presenças (e ausência)
Várias lideranças mundiais vão participar nas cerimónias funerárias, incluindo figuras que foram alvo de críticas do chefe de Estado do Vaticano. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparecerá. Javier Milei, líder da Argentina, onde Francisco nunca pôde regressar, irá ao funeral, apesar de ter insultado o pontífice no passado.
Portugal estará representado por Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro. Outros países lusófonos que participarão são o Brasil, com o presidente Lula da Silva, e Timor-Leste, com o homólogo José Ramos-Horta. O secretário-geral da ONU, António Guterres, também marcará presença, bem como o presidente do Conselho Europeu, António Costa – que fará parte da delegação de Bruxelas, junto de Ursula von der Leyen e Roberta Metsola.
Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, estará presente nas cerimónias e disse que quer encontrar Trump. Já o Kremlin informou que Vladimir Putin, que tem um mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional, não tem planos de ir ao funeral no Vaticano.