O procurador-geral do Egito vai recorrer da decisão do tribunal que no sábado condenou o ex-presidente Hosni Mubarak e o seu ministro do Interior a prisão perpétua, mas absolveu seis comandantes da polícia, anunciou, este domingo, a procuradoria.
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"O procurador-geral ordenou o início do processo de recurso", disse uma fonte do gabinete do procurador, sem esclarecer se o recurso abrangerá todas as sentenças ou apenas as absolvições.
Hosni Mubarak, que durante 30 anos governou o Egito com mão de ferro, foi condenado a prisão perpétua por envolvimento nas mortes de 850 manifestantes durante a revolta popular que o derrubou, em fevereiro do ano passado.
O ex-ministro do Interior, Habib al-Adly, foi também condenado a prisão perpétua por envolvimento naquelas mortes, enquanto seis antigos comandantes da polícia foram absolvidos.
O tribunal deixou cair a acusação sobre os dois filhos do antigo ditador, Alaa e Gamal Mubarak, que eram acusados de corrupção. Segundo o juiz, os crimes de que eram acusados os filhos de Mubarak já prescreveram.
Logo no sábado, a defesa do ex-presidente anunciou que vai recorrer da sentença, considerando o advogado Yasser Bahr que "a decisão está cheia de falhas legais de todos os ângulos".