A Secção do PSD Paris, reunida no sábado em assembleia, considerou que a falta de informação e o não desdobramento das mesas de voto vai contribuir para um afastamento dos eleitores das urnas de voto nas eleições de 7 de Junho.
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"Não houve, realmente, uma campanha de informação e de apelo à votação. Aquilo que se verificou foi o envio de meia dúzia de panfletos para serem distribuídos nos postos consulares", adiantou, à Lusa, fonte da Comissão Política da Secção PSD/Paris. "Há uma falta de comunicação que vem alimentar a abstenção, que já é muita."
Sobre a possibilidade de uma votação presencial "que prometia que todos os cidadãos portugueses iriam encontrar na proximidade da sua residência uma mesa de voto", a mesma fonte adiantou que "aquilo que se verifica hoje, para as eleições europeias, a não ser um outro caso pontual, por exemplo em Paris, o que existe é muitos poucos desdobramentos".
Concluiu que "a não ser nos consulados não se verifica a abertura de mesas de voto."
As mesas de voto funcionarão durante três dias: sexta-feira, sábado e domingo (5, 6 e 7 de Junho, respectivamente).
Durante a reunião da Secção do PSD/Paris, outros dos temas abordados foi a greve, a acontecer na próxima quinta-feira, nas estruturas consulares.
A greve prende-se com a actualização salarial e o não cumprimento de " uma compensação prometida" de ter em conta a inflação dos vários países, e não só de Portugal. A questão do SIDAP (Sistema Integrado de Gestão e Avaliação de Desempenho na Administração Pública), "que na prática não tem sido aplicada nas estruturas consulares", foi outra das preocupações manifestadas no encontro.
A necessidade urgente de regulamentar a legislação existente, sobre o reconhecimento do período de serviço militar, mesmo sem descontos em Portugal, para contagem de tempo de carreira para efeitos de reforma, foi manifestada na reunião.
Na reunião do PSD, o Governo PS foi acusado de uma "falta contínua de políticas para a emigração nas estruturas consulares."
"No ensino verificou-se, esta semana, que a tutela do ensino só passaria para a tutela do Ministério dos Negócios Estrangeiros a partir de 2010", indica o comunicado.