O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esta sexta-feira que quer melhorar as relações entre o seu país e os Estados Unidos, na cimeira com o seu homólogo Joe Biden, no dia 16, em Genebra.
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"Temos de encontrar uma maneira de regular essas relações, que atualmente estão num nível muito mau", admitiu Putin, durante o Fórum Económico, em São Petersburgo.
Putin explicou que, na sua perspetiva, o principal motivo das tensões com os Estados Unidos não são disputas políticas, mas o desejo dos norte-americanos de "travarem" a Rússia.
"Não temos um desacordo com os Estados Unidos. Eles têm apenas uma discordância: querem travar o nosso desenvolvimento, dizem-no publicamente. Tudo o resto provém dessa posição", explicou o Presidente russo, acrescentando que as relações do seu país com os EUA se tornaram "reféns de considerações políticas" de Washington.
Putin também rejeitou as críticas ocidentais sobre a falta de democracia na Rússia, quando comparada com os EUA.
O Presidente russo mencionou a forma como as manifestações são reprimidas nos Estados Unidos, dando como exemplo a forma como as autoridades travaram os apoiantes do ex-Presidente norte-americano Donald Trump, na invasão do Capitólio, em 06 de janeiro, usando "balas de borracha" contra os manifestantes.
No seu discurso no Fórum Económico, Putin fez também críticas à hegemonia do dólar, no sistema económico internacional, dizendo que era a favor de os países europeus pagarem pelo gás russo em euros.
"Estamos disponíveis para considerar a possibilidade de acordos em moedas nacionais (...). O euro é bastante aceitável para nós, como forma de pagamentos de gás. Isso pode ser feito e provavelmente deve ser feito", concluiu o Presidente russo.