O general Leonel Carvalho, antigo secretário-geral do Gabinete de Segurança, recorda que o terrorismo na Europa não é de agora.
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Como encara mais este ataque na Europa?
É um motivo de grande preocupação. Mas é preciso que se saliente que ainda não é clara a origem. As informações que estão a surgir [ontem à noite] não são ainda claras se trata de terrorismo associado ao "Estado Islâmico" ou de outro género, por exemplo de extrema-direita.
Mas a variedade também poderá tornar o combate mais difícil...
Claro que quanto mais variada é a origem dos ataques terroristas maior é a complexidade no seu combate. Mas repare que não é de agora que a Europa enfrenta ataques terroristas.
Pode clarificar?
A Europa já viveu o terrorismo separatista da ETA e do IRA, a então República Federal da Alemanha teve que enfrentar o grupo Baader Meinhof e a Itália as Brigadas Vermelhas. As vagas de terrorismo não são de agora. E a própria cidade de Munique foi palco de um ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos de 1972, praticado pelo grupo palestiniano Setembro Negro.
O terrorismo pode tornar-se um hábito?
O importante é não nos deixarmos dominar pelo medo, que é o principal objetivo do terrorismo. Temos que nos esforçar por não ter medo.