Pelo menos quatro pessoas morreram, esta terça-feira, no leste da Ucrânia durante a ação antiterrorista lançada pelas autoridades de Kiev. Forças governamentais assumiram controlo do aeródromo de Kramatorsk.
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Cerca de 300 militares ucranianos e 20 veículos blindados entraram, na manhã desta terça-feira, em Slaviansk, na região de Donetsk, onde ativistas pró-russos continuavam a ocupar os edifícios dos Serviços Secretos e do Ministério do Interior, segundo as agências de notícias russas Itar-Tass e Interfax.
Em Kramatorsk, também no leste do país, as forças ucranianas conseguiram retomar o controlo do aeródromo, anunciou o presidente interino Alexander Turchínov.
A agência Ria Novosti noticiou que pelo menos quatro pessoas morreram e oito ficaram feridas durante o ataque. Quatro aviões militares bombardearam a zona havendo relatos de que pelo menos um deste tenha sido abatido pelos separatistas.
O chefe da operação antiterrorista, general Vasili Krútov, avisou as milícias pró-Moscovo de que "não haverá mais ultimatos" e que o Exército "combaterá os invasores estrangeiros".
Pelo menos 10 cidades do leste da Ucrânia, zona onde se concentra a maioria da indústria do país, continua a ser controlada por ativistas pró-Rússia.
Segundo a BBC, milhares de militares russos estarão junto à fronteira com a Ucrânia, aumentando os receios de uma possível invasão. Contudo, o porta-voz de Vladimir Putin desmentiu essa informação, classificando-a como "absurda".
Os presidentes russo e americano discutiram a crise ao telefone, tendo Barack Obama pedido ao seu homólogo que use a sua influência junto dos separatistas do leste da Ucrânia para que deponham as armas. Putin garantiu que Moscovo não está por detrás dos recentes acontecimentos na região.
Entretanto, a UniãoEuropeia anunciou os nomes de mais quatro figuras ligadas ao anterior regime ucraniano cujos bens e os vistos foram congelados.São eles o antigo primeiro-ministro Seguey Arbuzov, os ex-ministros da Energia Edward Stavytskyi e das Finanças Alexandr Klymenko e o deputado do Partido das Regiões Yuriy Yvanyushchenko.
