O julgamento de quatro homens acusados de "apoio a um grupo terrorista" pela sua alegada participação na organização do ataque contra um centro comercial de Nairobi, em setembro, começou, esta quarta-feira.
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O julgamento iniciou-se com o depoimento de um guarda que se encontrava no exterior do centro comercial Westgate a 21 de setembro, no início do ataque que causou pelo menos 67 mortos.
Os quatro homens, Adan Mohamed Abidkadir Adan, Mohamed Ahmed Abdi, Liban Abdullah Omar e Hussein Hassan Mustafah, somalis ou de etnia somali, de acordo com a acusação, não são acusados de ter participado no comando islâmico que realizou o assalto, mas sim de o apoiarem. Declaram-se inocentes.
O ataque, que durou quatro dias, foi reivindicado pelos radicais islâmicos somalis "shebab", que o apresentaram como uma represália pela intervenção militar queniana no sul da Somália desde o final de 2011.
O guarda Stephen Juma contou no tribunal que estava a regular o trânsito em frente do centro comercial quando viu chegar um carro e sair três homens e pouco depois começou a ouvir tiros e chamou ajuda. Adiantou não ter conseguido ver as caras dos assaltantes.
Fontes da segurança que investigaram o assalto estimam que todos os membros do comando, em princípio quatro, morreram durante o cerco e os confrontos com as forças da ordem.
Mas uma parte do edifício do Westgate desmoronou-se durante os confrontos e os cadáveres dos membros do comando islamita, que terão ficado enterrados nos escombros, não foram identificados.
O facto de parte do edifício ter desabado durante o ataque impede um balanço preciso do número de vítimas e cerca de duas dezenas de pessoas ainda são dadas como desaparecidas.