Apesar dos apelos de clemência, a Indonésia executou por fuzilamento oito condenados por tráfico de droga - um brasileiro, dois australianos, quatro nigerianos e um indonésio.
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Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, originário do Paraná, sul do Brasil. Foi preso em julho de 2004 após entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína dentro de pranchas de surf, tendo sido condenado à morte em 2005.
Myuran Sukumaran, 33 anos, e Andrew Chan, 31 anos.
Os dois australianos foram condenados à morte em 2006 acusados de serem os chefes de um grupo de traficantes - conhecidos como "Os Nove de Bali" -, quando tentavam levar oito quilos de heroína de Bali para a Austrália, em 2005.
Os advogados e ambos alegaram nos pedidos de clemência que eles tinham mudado desde que entraram na prisão, onde davam aulas sobre a Bíblia e culinária.
Como último desejo, Andrew Chan casou-se na prisão com uma cidadã indonésia.
Zainal Abidin, indonésio, 50 anos. Polícia encontrou 60 quilos de canábis na sua casa mas o detido alegava que a droga pertencia a dois amigos que tinha como hóspedes. Foi condenado em 2001 a 15 anos de prisão mas, pouco depois, a sentença foi agravada para pena de morte.
Martin Anderson, 50 anos, natural da Nigéria mas identificado como oriundo do Gana por ter sido detido com um passaporte falso em 2003, na posse de 30 gramas de heroína. Foi acusado de pertencer a uma rede de tráfico em Jacarta e condenado à morte em 2004.
Okwudili Oyatanze, da Nigéria, 45 anos. Foi condenado à morte em 2002, um ano depois de ter sido detido, proveniente do Paquistão, com cerca de um quilo de heroína em cápsulas dentro do estômago.
Sylvester Obiekwe Nwolise, nigeriano, 47 anos. Tentou entrar na Indonésia com cápsulas de heroína no estômago - cerca de um quilo. Foi preso e condenado em 2001.
Jamiu Owolabi Abashin, também nigeriano, 50 anos. Foi condenado a prisão perpétua em 1999, viu a pena reduzida para 20 anos após um recurso mas acabou condenado à pena de morte em 2006, pelo Supremo Tribunal da Indonésia. Foi detido no aeroporto com cinco quilos de heroína na bagagem: alegava que estava em viagem para entregar peças de roupa que seriam para venda, a pedido de um homem que o acolheu quando vivia na rua na Tailândia.
Mary Jane Fiesta Veloso, de 30 anos, das Filipinas, também constava da lista de condenados a executar mas viu a sua execução suspensa no último momento - a pessoa que a recrutou como "mula" de droga entregou-se às autoridades.