O Reino Unido rejeita a proposta do Equador de transferir o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, para a sua embaixada na Suécia, onde poderia depor no caso da alegada violação a duas mulheres.
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Um porta-voz do Ministério dos Negócios Externos britânico, citado pela France Press, afirmou que não há margem de manobra e que em cima da mesa só está a extradição de Julian Assange para a Suécia.
Recorde-se que o fundador do site WikiLeaks refugiou-se na embaixada do Equador em Londres a 19 de junho para evitar a extradição para Estocolmo, no âmbito do processo de alegada violação de duas mulheres.
No dia 16 de agosto, o Equador concedeu-lhe asilo político, mas o australiano, de 41 anos, não pode sair da representação diplomática sem correr o risco de ser detido pelas autoridades britânicas.
Na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros equatoriano, Ricardo Patino, avançou com a proposta de transferir Assange para a embaixada na Suécia, segundo a France Press.
Em declarações à mesma agência de notícias, o porta-voz do ministro dos Negócios Externos do Reino Unido referiu: "Deixámos muito clara a nossa posição em relação a Assange, principalmente que esgotou todas as possibilidades de recurso e que temos de extraditá-lo para a Suécia. Temos que cumprir esta obrigação e temos toda a intenção de o fazer".
Na próxima semana, os dois ministros vão reunir-se nas Nações Unidas, em Nova Iorque, para discutir o caso Assange e tentar encontrar uma solução para o impasse.
No sábado, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco, questionado pela France Press, negou ter recebido qualquer propostas neste sentido.
Ontem, no Festival de Cinema de San Sebastián, em Espanha, o realizador americano Oliver Stone lamentou o facto de Assange estar a ser perseguido enquanto "há terroristas livres", noticiou o site Terra Brasil.