Os republicanos do Senado norte-americano bloquearam este sábado a proposta dos democratas para alargar o limite da dívida do país, que será alcançado na próxima quinta-feira, para depois das eleições legislativas, que decorrem em novembro de 2014.
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Apesar de os democratas terem conseguido obter 53 votos no Senado, tal não foi suficiente para submeter a debate o aumento do teto da dívida, cifrado em 1,1 mil milhões de dólares -- o que exige um mínimo de 60 votos.
Todos os democratas votaram a favor da medida, exceto o líder da maioria, Harry Reid, que assim reservou o direito de poder voltar a levar a proposta à consideração.
Os republicanos mais moderados fizeram circular uma proposta dos dois partidos, que admitia o aumento do teto da dívida até janeiro, o que terminaria com a paralisação da administração federal, que já vai no 13.º dia, financiando o governo até março.
Reid avisou que cair na suspensão dos pagamentos, a dias de acontecer, enviaria a economia norte-americana para uma queda livre.
Um grupo de senadores republicanos defendem que o limite da dívida não deve ser elevado a menos que o Presidente, Barack Obama, aceite modificar os pressupostos dos seus programas de apoio social.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, classificou de "lamentável" a falta de acordo no Senado, insistindo que o Congresso "deve fazer o seu trabalho" e elevar o limite da dívida.
"Este projeto de lei teria retirado de cima da mesa a ameaça de suspensão dos pagamentos e dado aos negócios e à economia da nossa nação a certeza de que necessitamos", afirmou Carney.
"Com cinco dias até que o governo fique sem autorização para contrair empréstimos, o Congresso deve avançar com uma solução que nos permita pagar as nossas faturas para que possamos seguir adiante com as negociações para chegar a um acordo mais amplo", acrescentou.