Os principais diplomatas da União Europeia vão realizar uma reunião de emergência esta quarta-feira à margem das Nações Unidas para discutir possíveis novas sanções contra a Rússia depois de Moscovo ter convocado reservistas para a guerra na Ucrânia.
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O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse que "convocou uma reunião informal extraordinária e ad hoc" de ministros das Relações Exteriores do bloco de 27 países em Nova Iorque para coordenar uma resposta unificada às ameaças "inaceitáveis" do presidente russo, Vladimir Putin.
A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse aos jornalistas que se vai discutir o discurso desafiador de Putin, no qual mobilizou reservistas e fez uma ameaça velada de usar armas nucleares na guerra da Ucrânia.
A chefe da União Europeia, Ursula von der Leyen, também falou sobre as novas palavras de agressão de Putin, dizendo à CNN que "acho que isso exige sanções da nossa parte novamente".
Por sua vez, Borrell, que vai discursar na reunião do Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira, disse que os ministros da UE na reunião desta quarta-feira provavelmente "discutirão sobre como continuar o nosso apoio militar à Ucrânia, como continuar a pressionar a Rússia". "De certeza que as questões de sanções estarão na mesa", acrescentou.
Borrell criticou severamente os comentários de Putin. "Ameaçar com armas nucleares é um perigo real para o mundo inteiro e a comunidade internacional tem de reagir diante dessa ameaça." O chefe da diplomacia europeia considera que a Putin "está a tentar intimidar a Ucrânia e todos os países que a apoiam, mas falhará".