As autoridades turcas revelaram um vídeo do suspeito de matar 39 pessoas numa discoteca, em Istambul, na noite da passagem de ano.
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Iakhe Mashrapov, o possível atacante, terá 28 anos e será natural do Quirguistão, indo ao encontro das suspeitas das autoridades, que, desde o primeiro momento, dizem que o autor do atentado é oriundo de um país da Ásia central.
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No vídeo de 45 segundos entretanto tornado público pela polícia turca, o suspeito filma-se a si próprio a sorrir e a andar pela Praça Taksim, Istambul. Ainda não há informação quanto à altura em que as imagens foram gravadas.
Mashrapov pode ter treinado na Síria, avançou a Reuters, citando um relato de um jornal turco e uma fonte de segurança.
De acordo com o vice primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus, as autoridades puderam identificar o atirador depois de obterem as suas impressões digitais e uma descrição da sua aparência.
"As informações sobre as impressões digitais e a aparência básica do terrorista foram encontradas e agora o objetivo é identificá-lo rapidamente", disse Kurtulmus em conferência de imprensa, esta segunda-feira, no mesmo dia em que o ataque foi reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico. O grupo radical disse, em comunicado, que o atentado foi levado a cabo por um "soldado heroico".
Kurtulmus afirmou ainda que o estado de emergência do país - em vigor no momento do ataque - vai ser prorrogado pelo tempo necessário.
O político turco disse que a incursão militar da Turquia na Síria, lançada em agosto, irritou os grupos armados, salvaguardando, no entanto, a continuidade da ofensiva.
O ataque à discoteca "Reina" provocou, na noite da passagem de ano, 39 vítimas mortais e cerca de 70 feridos, alguns deles graves.
O atacante matou um polícia e um civil à entrada da discoteca "Reina", onde depois abriu fogo com uma arma automática que levava numa mala, carregando-a uma dúzia de vezes e disparando contra o chão.
Em 2016, centenas de pessoas morreram em ataques a cidades turcas, a maioria reivindicados pelos extremistas islâmicos ou pelos rebeldes curdos.