No local indicado pelo homicida confesso, as autoridades francesas já encontraram quase todas as ossadas da lusodescendente de nove anos, raptada e morta, na noite de 26 para 27 de agosto, em Pont de Beauvoisin, onde a menor estava com os pais numa festa de casamento. A roupa e uma sandália já foram, também, recuperadas.
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Nordahl Lelandais, o homem de 34 anos que confessou o homicídio de Maëlys de Araújo, tinha quarta-feira conduzido os investigadores da Gendarmerie para a aldeia de Saint-Franc onde deixou o corpo. A sua confissão foi motivada pelo facto de as autoridades o terem confrontado com uma amostra de sangue da menor, encontrada na mala do Audi A3, que tinha na altura do casamento.
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Perante tanta prova da sua culpabilidade, o antigo tratador de cães, atualmente em prisão preventiva, não teve outra hipótese se não a confissão integral. No entanto, assegurou ter morto a criança em circunstâncias acidentais, tendo-se recusado a explicar as circunstâncias do acidente. As autoridades desconfiam desta versão e continuam a investigar para estabelecer de que forma Maëlys foi morta. Os restos mortais vão ser objeto de análises forenses.
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Nesta quinta-feira, as autoridades francesas realizaram buscas na zona onde Nordahl Lelandais abandonou o cadáver, horas depois de a ter assassinado. Primeiro, o suspeito saiu de carro com Maëlys para se deslocar a casa dos pais, em Domessin, uma aldeia vizinha de Pont de Beauvoisin. Nesse local matou a criança e deixou-a num bosque, para regressar à festa de casamento.
Mais tarde, quando todos já procuravam a criança, Nordahl regressou ao bosque, colocou a criança na mala e levou-a para uma zona de ravina, onde viria a ser encontrada na quarta-feira.
Na tentativa de eliminar todas as provas, lavou o carro no dia seguinte numa estação de serviço, onde passou horas, usando um químico destinado a limpar jantes para destruir vestígios de Maëlys, na mala do Audi A3.