A justiça alemã condenou, esta terça-feira, a 14 anos de prisão um ruandês, culpado de cumplicidade no genocídio que fez cerca de 800 mil mortos no Ruanda em 1994.
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O processo de Onesphore Rwabukombe foi o primeiro na Alemanha de um ruandês acusado de ter participado no genocídio.
Com 56 anos e refugiado desde 2002 em solo alemão, Rwabukombe estava a ser julgado desde janeiro de 2011 pelo alto tribunal regional de Frankfurt (oeste).
Este antigo presidente do município de Muvumba, no nordeste do Ruanda, foi acusado de ter ordenado e coordenado um massacre cometido em abril de 1994, durante o qual morreram várias centenas de pessoas da etnia 'tutsi', que se tinham refugiado numa igreja.
A acusação, a cargo do ministério público federal alemão, pediu prisão perpétua. A defesa pediu a absolvição.
O assassínio do presidente ruandês Juvénal Habyarimana, a 6 de abril de 1994, marcou o início dos massacres que levaram à morte de 800 mil pessoas entre abril e julho de 1994, de acordo com a ONU.
As vítimas foram principalmente 'tutsi', mas elementos da ala moderada da etnia 'hutu' também foram assassinados.