
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin
Foto: Ramil Stidikov / POOL / EPA
As autoridades russas informaram esta terça-feira que continuam abertas a negociações com a Ucrânia para chegar a uma solução que ponha fim à invasão do território e afirmam que a participação dos países europeus é necessária.
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"Continuamos completamente abertos a negociações", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma conferência de imprensa, acrescentando que "a Rússia está interessada em alcançar os seus objetivos através de meios diplomáticos e políticos".
A este propósito, afirmou que a posição de Moscovo "não mudou" sobre esta questão e disse que "mantém-se consistente", embora tenha admitido que é impossível discutir um "sistema de segurança sem a participação dos países europeus".
"É difícil, praticamente impossível, discutir o sistema de segurança na Europa, falar de garantias de segurança dentro do sistema de segurança em geral, sem a participação dos europeus. Em algum momento, é claro, a sua participação será necessária", declarou.
O plano de paz para a Ucrânia proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, é o "único documento que poderá servir de boa base para as negociações", afirmou Peskov, indicando que, atualmente, "é a única coisa remotamente interessante" em discussão.
Em relação ao papel desempenhado pelo Governo turco ao longo do último ano, agradeceu às autoridades do país a "disposição para criar condições para que as negociações entre as partes avancem".
Peskov salientou ainda a importância das conversações realizadas no passado em Istambul, mas culpou Kiev pelo seu "fracasso".
"As negociações em Istambul paralisaram não por culpa nossa, nem por nossa escolha", disse.
