
O presidente dos EUA Donald Trump e o seu homólogo ucraniano Volodymyr Zelensky
Foto: AFP
A Ucrânia concordou com o acordo para terminar a guerra com a Rússia, restando apenas "pequenos detalhes" a serem resolvidos, segundo o secretário do Exército dos EUA.
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"Os ucranianos concordaram com o acordo de paz. Há alguns pequenos detalhes a serem resolvidos, mas eles concordaram com o acordo de paz.", disse, em declarações feitas durante reuniões em Abu Dhabi com autoridades russas sobre a proposta do governo Trump.
Por sua vez, o secretário de segurança nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, escreveu, na rede social X (antigo Twitter) que as delegações "chegaram a um entendimento comum sobre os termos principais do acordo discutido em Genebra". "Agora contamos com o apoio dos nossos parceiros europeus nos nossos próximos passos", continuou, acrescentando que a Ucrânia espera organizar uma visita de Zelensky aos EUA para "concluir as etapas finais e fechar um acordo com o presidente Trump".
We appreciate the productive and constructive meetings held in Geneva between the Ukrainian and U.S. delegations, as well as President Trump"s steadfast efforts to end the war.
- Rustem Umerov (@rustem_umerov) November 25, 2025
Our delegations reached a common understanding on the core terms of the agreement discussed in...
Trump disse anteriormente que queria que Zelensky assinasse o acordo de paz até quinta-feira, Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos.
O plano inicial foi aplaudido pela Rússia e criticado pela Ucrânia e os aliados europeus, por considerarem que respondia apenas às reivindicações de Moscovo e constituía uma capitulação para Kiev. A proposta, divulgada por meios de comunicação social norte-americanos, incluía, entre outras imposições, o reconhecimento da anexação pela Rússia da Crimeia e do Donbass, que engloba as regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia. Previa igualmente que as forças armadas ucranianas seriam reduzidas a 600 mil efetivos, em vez dos mais de 800 mil atuais, e que Kiev renunciaria a integrar a NATO, tal como prevê a Constituição do país.
Os aliados da Ucrânia vão reunir-se hoje para falar sobre os planos de paz, que serão também analisados pelos chefes da diplomacia da União Europeia numa videoconferência na quarta-feira. Enquanto se realizam conversações, a Rússia prossegue com os bombardeamentos, que fizeram hoje seis mortos e 10 feridos em Kiev. O chefe da diplomacia ucraniana, Andrii Sybiha, disse que foram atingidos prédios residenciais e infraestruturas energéticas, e acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de responder com terrorismo aos esforços de paz.
