A Rússia vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para obter a libertação dos observadores internacionais na Ucrânia feitos reféns por separatistas ucranianos pró-russos, avançou o representante russo na OSCE.
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"Pensamos que essas pessoas devem ser libertadas o mais rápido possível", disse Andrei Kelin à agência de notícias russa RIA Novosti.
"Enquanto membro da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), a Rússia tomará todas as medidas possíveis relativas a essa questão", acrescentou.
Na sexta-feira, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, pressionou o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, para obter a libertação dos observadores da OSCE feitos reféns por rebeldes separatistas ucranianos, avançou a agência France Presse.
"O ministro dos Negócios Estrangeiros exprimiu a sua preocupação relativamente ao assunto no decurso de uma conversa com o seu homólogo russo e apelou à Rússia para que faça tudo para que a equipa da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) seja imediatamente libertada", adiantou o ministério alemão.
O ministério interveio ainda "junto de altos diplomatas da embaixada russa em Berlim", adiantou a mesma fonte.
"Utilizamos todos os meios à nossa disposição para esclarecer as circunstâncias que enfrentaram os observadores da OSCE e para assegurar a continuidade da sua missão", sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) alemão.
Na sexta-feira os separatistas ucranianos fizeram reféns sete elementos da missão de observação da OSCE na Ucrânia. Quatro dos observadores internacionais europeus são alemães, três dos quais pertencem às Forças Armadas.
Washington apelou à libertação imediata dos reféns e o Departamento de Estado, através da sua porta-voz Jen Psaki, sublinhou que existe "uma forte ligação entre a Rússia e estes separatistas".
O ministro da Administração Interna ucraniano adiantou que os observadores da OSCE foram parados num posto de controlo rebelde quando se prepararam para entrar na cidade de Slavyansk.