A Rússia dá uma no cravo e outra na ferradura. Em conversa com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o líder russo, Vladimir Putin, expressou "profundas condolências" pela morte de civis israelitas. Mas, na ONU, rejeita condenar ataque do Hamas.
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A polícia israelita deteve na noite de segunda-feira a cantora palestiniana Dalal Abu Amneh, que é também investigadora em neurologia, por ter publicado nas suas redes sociais mensagens de solidariedade com Gaza.
Dalal Abu Amneh, de nacionalidade israelita, é uma figura muito popular e influente nas redes sociais, onde a sua detenção teve um impacto imediato.
A polícia informou que após a sua detenção, a cantora será interrogada e presente a tribunal, de acordo com os meios de comunicação locais, palestinianos e israelitas.
Segunda-feira, décimo dia da guerra entre Israel e Gaza, foi mais um dia que passou com os cidadãos israelitas à espera de uma incursão militar terrestre na Faixa de Gaza, que nunca aconteceu, e com milhares de habitantes de Gaza, muitos deles estrangeiros, junto ao posto de Rafah, na fronteira com o Egipto, à espera que esta abrisse, o que também não aconteceu.
Fecha, por aqui, o minuto a minuto do décimo dia de guerra entre o Hamas e Israel
O Hamas divulgou hoje o vídeo de "um dos prisioneiros em Gaza", onde aparece uma jovem que fala hebraico e que será uma das cerca de 200 pessoas raptadas pelo grupo islamita e outras milícias palestinianas.
A jovem, identificada como Maya Sham, foi raptada "no início da manhã de sábado" quando saía do festival perto de Gaza, onde pelo menos 260 pessoas foram massacradas e outras capturadas durante o ataque terrestre, marítimo e aéreo do Hamas que apanhou Israel de surpresa.
A Turquia abordou, esta segunda-feira, com o Hamas a possibilidade da libertação de reféns, detidos desde o ataque realizado pelo grupo islamita contra Israel, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco.
"O ministro dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, conversou por telefone com o líder do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, sobre os últimos acontecimentos na Palestina e a possibilidade de libertar civis", referiu o ministério em comunicado.
Israel subiu hoje para 199 o número de pessoas capturadas pelo grupo islamita Hamas durante o ataque de 07 de outubro, mais 44 do que o balanço anterior.
Ancara confirmou na sexta-feira que um cidadão turco com dupla nacionalidade israelitas e que vive em Israel desde 1972 com sua família foi morto no ataque. Outro cidadão turco está desaparecido, segundo os "media" turcos.
O grupo militante libanês Hezbollah afirmou, esta segunda-feira, ter começado a destruir câmaras de vigilância em vários postos do exército israelita ao longo da fronteira, com o aumento da tensão após o início da guerra entre Israel e o Hamas.
Os meios de comunicação militares do Hezbollah divulgaram um vídeo que mostra francoatiradores a disparar e a destruir câmaras de vigilância colocadas em cinco pontos ao longo da fronteira entre Israel e Líbano, incluindo uma perto da cidade israelita de Metula.
O grupo militante parece querer impedir o exército israelita de controlar os movimentos no lado libanês da fronteira, após dias de troca de tiros que deixaram pelo menos sete pessoas mortas, incluindo quatro combatentes do Hezbollah, no lado libanês.
O presidente russo Vladimir Putin falou hoje pela primeira vez com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre o conflito com o Hamas e informou o israelita das suas conversas com vários líderes regionais e da Autoridade Palestiniana.
"O lado israelita foi informado dos principais pontos dos contactos telefónicos que tiveram lugar hoje com os líderes da Palestina, do Egito, do Irão e da Síria", adiantou o Kremlin em comunicado.
Putin transmitiu as "mais profundas condolências" às famílias dos israelitas mortos e sublinhou "a sua firme rejeição e condenação de qualquer ação cujas vítimas sejam a população civil, incluindo mulheres e crianças", referiu a mesma fonte.
O secretário-geral do PCP acusou hoje a União Europeia de "hipocrisia e cinismo" relativamente ao conflito entre Israel e o Hamas, pedindo uma "voz forte de condenação" para travar "uma ação de massacre" na Faixa de Gaza.
Em conferência de imprensa após uma reunião do Comité Central do PCP, que decorreu entre domingo e hoje, Paulo Raimundo reiterou que o seu partido se "distancia e condena" ações "que visem as populações e vitimem inocentes", mas condena igualmente a "escalada de guerra de Israel contra o povo palestiniano".
"É de assinalar a hipocrisia e cinismo de todos aqueles que tanto falam em direito internacional, mas que, durante tantos anos, se calaram perante a brutalidade exercida contra o povo palestiniano e, agora, se continuam a calar perante o massacre e os crimes de guerra em curso na Faixa de Gaza, pelas mãos do Estado de Israel", disse.
Questionado sobre como é que avalia a postura da União Europeia (UE) e do Governo português relativamente a este conflito, o secretário-geral do PCP disse que a UE se enquadra na sua ideia de "hipócritas e cínicos".
"Basta ver as declarações que foram proferidas, as atitudes que foram tomadas, aquilo que se disse e não disse, (...) para perceber onde é que se enquadra a questão da hipocrisia e do cinismo", disse, aludindo igualmente à deslocação das presidentes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu a Israel, na passada sexta-feira.
A missão russa junto das Nações Unidas (ONU) afirmou hoje que o projeto de resolução do Conselho de Segurança que apresentou e será votado ainda esta segunda-feira, sem condenar explicitamente o Hamas pelo ataque a civis israelitas, evita "dividir" a comunidade internacional.
Numa publicação da rede social X (antigo Twitter), Dmitry Polyanskiy, vice-embaixador da Rússia na ONU, defendeu que o projeto de resolução russo "não contém elementos políticos que possam dividir" os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança e "afetar o seu papel na resolução da crise" no Médio Oriente.
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se às 23 horas para decidir sobre o conflito entre Israel e o Hamas e discutir dois projetos de resolução concorrentes: um da autoria da Rússia e outro do Brasil.
O embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, revelou, esta segunda-feira, que informou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, de que o seu país irá falhar uma das maiores conferências tecnológicas do mundo devido às "declarações ultrajantes" de Cosgrave.
"Dezenas de empresas já cancelaram a sua participação nesta conferência e encorajamos outras a fazê-lo", realçou o diplomata, numa nota na rede social X (antigo Twitter).
Na mesma rede social, Cosgrave escreveu, em 13 de outubro, uma publicação que resultou numa onda de críticas entre várias responsáveis de empresas tecnológicas israelitas.
"Estou impressionado com a retórica e as ações de tantos líderes e governos ocidentais, com a exceção particular do Governo da Irlanda, que pela primeira vez estão a fazer a coisa certa. Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados, e devem ser denunciados pelo que são", destacou Paddy Cosgrave.
O número de deslocados na Faixa de Gaza devido à ofensiva israelita atingiu um milhão de pessoas, informou hoje a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), alertando que a região sitiada continua sem acesso a água.
Um novo ataque aéreo atingiu, esta segunda-feira, a passagem de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, no décimo dia de guerra entre Israel e o Hamas, no poder no território palestiniano, confirmaram jornalistas da agência de notícias France-Presse.
Três bombardeamentos israelitas já atingiram a área de passagem, onde centenas de palestinianos aguardam a sua abertura.
A Faixa de Gaza, onde vivem 2,4 milhões de pessoas, é atacada de forma incessante pelo Exército israelita desde 7 de outubro e está sob bloqueio permanente há uma semana.
O secretário de Estado norte-americano reuniu-se hoje com o Presidente de Israel para reiterar o apoio ao direito israelita de defesa face ao "terrorismo do Hamas" e para coordenarem esforços para a libertação "rápida e segura" de reféns.
Israel subiu hoje para 199 o número de pessoas capturadas pelo grupo islamita Hamas durante o ataque de 07 de outubro, mais 44 do que o balanço anterior.
O Presidente russo Vladimir Putin alertou hoje para o "aumento catastrófico" do número de vítimas civis em Gaza e para o risco de uma "guerra regional", face à escalada do conflito entre Israel e o Hamas palestiniano.
Segundo o Kremlin, Putin manifestou uma "inquietação extrema face à escalada das hostilidades em larga escala, acompanhada por um aumento catastrófico do número de vítimas civis e um agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza", no decurso de um contacto telefónico com os homólogos iraniano, egípcio, sírio e com o presidente da Autoridade palestiniana.
O Kremlin pediu ainda um "imediato" cessar-fogo entre israelitas e palestinianos e o reinício do processo de diálogo político no Médio Oriente, e admitiu um contacto de Putin com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
A União Europeia (UE) vai abrir uma ponte aérea com o Egito para enviar ajuda humanitária à população palestiniana de Gaza, que enfrenta uma situação "desastrosa", anunciou hoje a Comissão.
"A União vai lançar a operação 'Ponte Aérea Humanitária da UE', que consiste em vários voos para o Egito para levar mantimentos vitais a organizações humanitárias que estão no terreno em Gaza", dá conta a Comissão.
O Egito convidou hoje a comunidade internacional para uma cimeira agendada para sábado no Cairo, para discutir o futuro da causa palestiniana e a atual emergência humanitária na Faixa de Gaza.
"[O Egito espera] uma ampla resposta ao apelo do Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi, para participar na conferência internacional sobre a situação em Gaza no próximo sábado", indicou hoje o jornal local al-Qahera News,
O emir do Qatar, Tamim Bin Hamad Al Zani, foi um dos primeiros a anunciar que tinha recebido um convite de al-Sisi para participar na cimeira de 21 de outubro, segundo a agência noticiosa QNA, embora não tenha confirmado a sua presença.
A União Europeia (UE) vai abrir uma ponte aérea com o Egito para enviar ajuda humanitária à população palestiniana de Gaza, que enfrenta uma situação "desastrosa", anunciou hoje a Comissão.
Em comunicado, a Comissão Europeia reconheceu que a população em Gaza vive uma "situação humanitária desastrosa", na sequência do "ataque terrorista hediondo" perpetrado pelo movimento islamita Hamas contra Israel, no dia 07 de outubro, e da retaliação israelita que se seguiu.
"A União vai lançar a operação 'Ponte Aérea Humanitária da UE', que consiste em vários voos para o Egito para levar mantimentos vitais a organizações humanitárias que estão no terreno em Gaza", dá conta a Comissão.
A presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, afirmou hoje que a atenção europeia deve continuar a centrar-se na libertação dos reféns capturados pelo grupo islamita Hamas e na ajuda humanitária à população civil de Gaza.
"A nossa atenção deve continuar a centrar-se em garantir que os reféns raptados sejam libertados incondicionalmente, que a ajuda humanitária chegue aos necessitados, que os civis não sejam visados, que os corredores de segurança sejam mantidos e que continuemos a colaborar com os representantes legítimos do povo palestiniano e com os intervenientes regionais para evitar uma escalada das tensões na região e nas zonas vizinhas", sublinhou Metsola, na abertura da sessão plenária do PE, que hoje tem início em Estrasburgo, França.
A Comissão de Investigação da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados indicou hoje que começou a recolher provas sobre crimes de guerra cometidos pelo Hamas, por outros grupos armados palestinianos e pelas forças de segurança israelitas, desde 7 de outubro.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou hoje o Irão e o movimento xiita libanês Hezbollah (pró-iraniano) para não colocarem à prova o exército de Israel no norte do país.
"Não nos testem no norte", advertiu o governante israelita, num momento em que Israel reúne tropas junto ao território da Faixa de Gaza, em preparação para uma provável ofensiva contra o Hamas na sequência do ataque-surpresa conduzido pelo grupo islamita palestiniano no passado dia 07 de outubro.
Num discurso no Knesset (parlamento) israelita, Netanyahu disse igualmente que o mundo "precisa de se unir para derrotar" o Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos e que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
"Esta guerra é também a vossa [comunidade internacional] guerra", afirmou na mesma intervenção, associando o Hamas ao regime nazi.
A agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos no Médio Oriente (UNRWA) pediu hoje à União Europeia que aumente a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, que vive uma situação "sem precedentes".
"É hora de redobrar os esforços tanto da União Europeia (UE) como dos países-membros, pensando não apenas no que está a acontecer agora, mas também no futuro", declarou à agência de notícias EFE a diretora da UNRWA na Europa, Marta Lorenzo.
Este apelo surge na véspera da realização de uma cimeira extraordinária por videoconferência convocada pelo Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, para que os líderes dediquem tempo a discussões estratégicas sobre medidas de curto e médio prazo e os próximos passos face à crise aberta entre Israel e o Hamas, segundo fontes europeias.
Marta Lorenzo sublinhou que a UE sempre foi um parceiro "estratégico" da UNRWA, uma vez que é "um dos maiores doadores", alertando ainda para a instabilidade financeira "muito importante" que esta agência da ONU já se encontrava antes desta crise na Faixa de Gaza, nomeadamente sobre pagamentos que deverão ser feitos até novembro.
"É por isso que fizemos um apelo de emergência de 104 milhões de dólares para atender às necessidades mais urgentes. Este apelo provavelmente duplicará ou triplicará em poucos dias", alertou a responsável da UNRWA na Europa.
Questionada sobre o desempenho algo errático da Comissão Europeia na semana passada em relação à ajuda da UE à Palestina, Marta Lorenzo sublinhou que abordar "as necessidades humanitárias mais urgentes e o cumprimento do Direito Internacional Humanitário não é uma coisa opcional".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que no sábado anunciou um aumento da ajuda humanitária à Palestina para 75 milhões de euros, tem sido criticada nos últimos dias por ter advogado o direito de Israel de se defender sem pedir, pelo menos publicamente, às autoridades israelitas que respeitem o direito internacional, durante a visita da última sexta-feira.
Lorenzo, com uma longa história na ajuda humanitária internacional, a maior parte dela na Palestina, assegurou que o que está a acontecer em Gaza "é sem precedentes", nomeadamente no deslocamento massivo de pessoas -- só nos seus abrigos têm 400 mil pessoas, em comparação com o esperado máximo de 150.000 -, enquanto Israel corta serviços básicos como água, eletricidade e combustível.
"Estamos totalmente sobrecarregados. Há uma crise humanitária que não podemos mais enfrentar. As necessidades são enormes", disse Lorenzo.
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se, esta segunda-feira, pelas 23 horas (horário em Portugal continental), para discutir o conflito israelo-palestiniano. Duas resoluções vão a debate: uma da Rússia, que pede um cessar-fogo imediato e a abertura de corredores humanistários, mas não menciona o Hamas; outra do Brasil, que exige que os crimes do grupo extremista, cometidos no dia 6, e que desencadearam a guerra, sejam considerados um ato de terorismo.
O embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, anunciou esta segunda-feira que o país não participará na conferência WebSummit, dedicada às tecnologias, devido às declarações do seu diretor-executivo, Paddy Cosgrave, sobre o conflito israelo-palestiniano.
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Em declarações à CNN, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou que os EUA estão confiantes de que o corredor humanitário de Rafah, que liga o sul da Faixa de Gaza à península egípcia do Sinai, seja aberto ainda esta segunda-feira.
O porta-voz do Ministério do Interior do Hamas, Eyad Al-Bozom, afirmou esta segunda-feira que, ao contrário do que foi avançado, Israel não permitiu o abastecimento de água em Gaza.
"Os residentes estão a beber água imprópria, o que representa uma grave crise de saúde que ameaça a vida dos cidadãos”, alertou.
Um americano de 71 anos foi detido por matar um menino de seis, palestino-americano, com 26 facadas e ter ferido a mãe, em Plainfield, no estado do Illinois. As vítimas foram atacadas pelo senhorio, por serem muçulmanas e devido ao conflito entre Israel e o Hamas.
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O Egito anunciou esta segunda-feira que aguarda autorização de Israel para abrir a fronteira com a Faixa de Gaza para a entrada de ajuda humanitária e a saída de cidadãos estrangeiros.
"Falei com o enviado da ONU [sobre a autorização israelita], mas até agora nada de novo na posição israelita. Isto é muito grave", disse o chefe da diplomacia egípcia, Sameh Sukri, citado pela agência francesa AFP.
Milhares de pessoas estavam concentradas hoje de manhã em Rafah, na fronteira entre Gaza e a península egípcia do Sinai, na expectativa de que pudesse ser aberta para saírem do território que tem estado sob bombardeamento israelita.
Os Estados Unidos anunciaram no fim de semana que o posto seria aberto para a saída de estrangeiros, mas o Egito condicionou a abertura à entrada de ajuda humanitária.
O exército israelita deteve hoje 40 suspeitos de terrorismo numa série de operações na Cisjordânia, contando-se já 360 palestinianos detidos desde o início do conflito, a 7 de outubro, com o movimento islamita Hamas.
Todos os detidos eram procurados e pelo menos vinte fazem parte do grupo armado palestiniano, confirmou o exército israelita, acrescentando que as operações realizadas em várias áreas da Cisjordânia também resultaram na apreensão de várias armas.
Em Beit Kahil, os militares fecharam uma gráfica que produzia e distribuía "materiais terroristas que incitam o apoio à organização terrorista Hamas", afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) numa mensagem publicada no X (antigo Twitter).
Em Aqbat Jaber, houve confrontos entre as forças de segurança israelitas e os palestinianos, que lançaram cocktails Molotov contra os soldados, levando a que o exército abrisse fogo. Um cenário semelhante foi visto no campo de refugiados de Deheisha.
"As pessoas detidas e os meios de guerra confiscados foram transferidos para tratamento adicional. Não há vítimas entre as forças israelitas", disseram os militares.
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, considerou esta segunda-feira prioriário "desanuviar a situação" em Gaza para evitar uma "grave catástrofe humanitária", durante uma conversa por telefone com os seus homólogos iraniano e turco.
O diálogo faz parte de uma ronda de conversas que o chefe da diplomacia chinesa manteve nos últimos dias com representantes dos países da região, Estados Unidos e Europa.
"A prioridade, neste momento, é desanuviar a situação para evitar uma grave catástrofe humanitária em Gaza e a morte de mais civis inocentes, antes que isso comprometa ainda mais o processo de paz no Médio Oriente", afirmou Wang, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.
Durante a conversa com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hosein Amir Abdolahian, o diplomata chinês defendeu que o direito à autodefesa deve respeitar o direito humanitário internacional e que responder à violência com mais violência só vai causar mais danos e provocar crises "mais graves".
Pelo menos 11 jornalistas palestinianos morreram em ataques aéreos de Israel a Gaza desde o golpe de surpresa do Hamas, a 7 de outubro.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, regressou esta segunda-feira a Israel para encontros com o Governo, depois de ter realizado conversações em vários países da região sobre a guerra entre israelitas e o grupo islamita Hamas.
Blinken, que se tem desmultiplicado em contactos diplomáticos desde a escalada do conflito, deverá encontrar-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, segundo a agência francesa AFP.
O chefe da diplomacia norte-americana tem estado a negociar a entrada de ajuda humanitária em Gaza e a saída de estrangeiros do enclave através da fronteira com o Egito.
Blinken especificou nas redes sociais que se deslocou nos últimos dias a Israel, à Jordânia, ao Bahrein, ao Qatar, aos Emirados Árabes Unidos, à Arábia Saudita e ao Egito.
"O que ouvi de todos os parceiros foi uma visão partilhada para evitar que o conflito se alastre, para salvaguardar vidas inocentes e para fazer chegar a assistência às pessoas que dela necessitam em Gaza", afirmou.
O exército israelita revelou que 199 israelitas foram feitos refém pelo Hamas.
O Governo do Egito ordenou esta segunda-feira que hospitais de várias províncias do país sejam colocados em alerta para "qualquer emergência médica" que possa ocorrer em relação à crise humanitária na Faixa de Gaza.
O porta-voz do Ministério da Saúde egípcio, Husam Abdelghafar, informou, num comunicado, que a ordem foi dada aos hospitais do Sinai do Norte [o mais próximo da passagem de fronteira de Rafah], Suez, Ismaília, Porto Said, Damietta, Sharkia, Cairo e Gizé, todos no noroeste do país árabe.
O Ministro da Saúde egípcio, Husam Abdelghafar, manteve uma reunião com autoridades de saúde de todas estas regiões para acompanhar a situação do sistema de saúde nestas áreas, que poderão enfrentar uma possível crise diante da situação em Gaza.
O porta-voz ministerial acrescentou que o plano inclui o envio de uma série de clínicas móveis para atender alguns casos e aliviar a pressão sobre os hospitais. "Também está a ser estudado um plano para os serviços de ambulância atenderem qualquer caso", acrescentou a nota.
Pouco tempo depois de duas fontes egípcias terem dito à Reuters que estava acordado um cessar-fogo, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, desmentiu a informação. "Atualmente não há tréguas nem ajuda humanitária em Gaza", garantiu.
A situação permanecia confusa esta manhã no posto fronteiriço de Rafah, que liga o sul da Faixa de Gaza à península egípcia do Sinai, onde centenas de pessoas aguardavam a abertura dos portões.
Os Estados Unidos tinham anunciado que Rafah seria aberta hoje de manhã para permitir a saída de estrangeiros retidos na Faixa de Gaza pela guerra entre o grupo islamita Hamas e Israel. As autoridades do Cairo disseram que a abertura só ocorreria se fosse permitida a entrada de ajuda humanitária, numa operação que estaria a ser coordenada com a ONU.
A comunidade judaica do Porto confirmou, domingo, que Tair Bira, luso-israelita de 21 anos desaparecida desde o ataque do Hamas na última semana, foi encontrada morta. O pai, Orin Bira, terá sido dado raptado e está numa lista de desaparecidos da embaixada israelita em Lisboa. Leia mais AQUI
Bom dia.
Ao 10.º dia do intensificar do conflito israelo-palestiniano, os EUA, o Egito e Israel acordaram um cessar-fogo no sul da Faixa de Gaza, de forma a coincidir com a abertura da passagem de Rafah para a entrada de ajuda humanitária e saída de estrangeiros, avança a agência Reuters.
O corredor deveria ser aberto pelas 9 horas locais (7 em Portugal Continental), não havendo, para já, confirmação da sua concretização.
Duas fontes de segurança egípcias afirmaram à mesma agência que o cessar-fogo no sul de Gaza durará várias horas. Durante a abertura da fronteira, "a ajuda árabe e egípcia" entrará na Faixa de Gaza e os estrangeiros serão autorizados a sair, adiantou agência espanhola EFE.
Israel anunciou um plano para a retirada de civis a dois quilómetros da fronteira com o Líbano, noticia a BBC, citando as Forças de Defesa israelitas.