O vice-primeiro-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia disse, esta segunda-feira, que o país iria reagir às demonstrações hostis da NATO com medidas políticas e militares, de forma a garantir a segurança do território russo.
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Vladimir Titov, vice-primeiro-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, afirmou ter em consideração a expansão das forças da NATO junto das fronteiras do território russo que "demonstrem intenções hostis".
"Vai ser difícil ver o envio de mais tropas da NATO para e Europa de Leste, mesmo que seja de forma rotativa, senão como uma violação direta ao disposto no "Acto Fundador" de 1997", sobre as relações entre a Rússia e a NATO, e que vão "ser forçados a declarar todas as medidas políticas e militares necessárias para salvaguardar a segurança", disse, em entrevista, Titov.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, defendeu numa reunião em Bruxelas, que as recentes decisões estão em conformidade com o Acto Fundador. Num artigo do documento pode ler-se que as forças aliadas e a Rússia "não se consideram mais inimigas" e que a NATO "compromete-se a não usar armas nucleares ou forças de combate substanciais nos territórios dos novos membros da Europa de Leste".
As medidas da NATO serão preparadas nos próximos meses como parte de um "plano de ação" que vai ser apresentado aos chefes de Estado na Cimeira da NATO nos dias 4 e 5 de setembro em Newport, no Reino Unido.
Rasmussen qualificou ainda a redução de "20% nos últimos cinco anos" dos orçamentos militares dos países da NATO como "insustentáveis", enquanto que a Rússia "aumentou 50%".
Os comentário russos surgiram após Barack Obama ter revelado o plano "anti-terrorismo" de mil milhões de dólares para apoiar, reforçar e treinar as forças armadas presentes nos territórios em conflito e o envio de tropas permanentes para a Europa devido à crise na Ucrânia.
O secretário-geral da NATO elogiou, na mesma reunião, que o plano de Obama "é uma contribuição importante e oportuna" e "um sinal claro do compromidoss entre os Estados Unidos e a Europa".
A iniciativa de Obama para acalmar as tensões na Europa, que ainda têm que ser aprovada pelo Congresso, prevê o envio de forças norte-americanas para operações por vias marítima, terrestres ou aéreas na Europa de Leste.