O presidente russo, Vladimir Putin, ratificou o acordo entre Damasco e Moscovo - "por tempo indeterminado" - sobre o envio de meios aéreos para o aeródromo militar de Hmeimin, na Síria.
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O anúncio foi feito esta sexta-feira pelo Kremlin.
O acordo, assinado inicialmente no dia 26 de agosto de 2015, permite a presença permanente de meios aéreos militares russos no aeródromo, na Síria, e que é utilizado para as operações de apoio ao regime de Bashar al Assad.
O acordo estipula também que os elementos da Força Aérea da Rússia que se encontram destacados em Hmeimim ficam isentos do pagamento de impostos na Rússia, assim como de controlos alfandegários.
As famílias dos militares russos destacados na Síria passam também a beneficiar de imunidade diplomática.
Um ano após o início da intervenção militar na Síria, a Rússia continua a reforçar a presença militar, com tropas e arsenal, onde efetua operações aéreas, nomeadamente, na zona de Alepo, no norte do país, apesar das críticas dos países ocidentais.
Segundo a Agência France Presse, mais de 4300 militares russos foram enviados para a Síria e concentram-se, maioritariamente, na base aérea de Hmeimim, perto de Lattaquié, uma zona de influência do presidente Bashar al Assad.
Na base de Hmeimim encontram-se mais de 20 bombardeiros e dezenas de helicópteros de combate, além dos mísseis de defesa anti área S-400.
A Rússia utiliza ainda as instalações portuárias de Tartous, no litoral norte da Síria e que vão ser transformadas numa "base naval permanente", de acordo com o anúncio feito na segunda-feira pelo vice-ministro russo da Defesa, Nikolai Pankov.