O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou, terça-feira, que o seu país irá apresentar na cimeira do G-8, a realizar em maio, medidas para aumentar a segurança nas centras nucleares.
Corpo do artigo
As medidas "dizem respeito ao aumento da responsabilidade dos países que recorrem à energia atómica", nomeadamente quanto à prontidão e suficiência de medidas de reacção a avarias, disse o presidente russo numa mensagem enviada ao povo da Rússia a propósito da catástrofe de Chernobyl.
A 26 de Abril de 1986, uma explosão no quarto reactor da Central Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, provocou fugas de radioactividade com graves consequências humanas e materiais.
Tratou-se da maior catástrofe nuclear da história da humanidade, calculando-se que a fuga de radioactividade correspondeu à radioactividade emitida por 100 a 500 bombas atómicas lançadas em Hiroshima, no Japão.
"Também consideramos que são necessárias mais medidas de segurança na construção e exploração das centrais atómicas", lê-se no documento.
De acordo com Dmitri Medvedev "é necessário fixar as exigências em documentos jurídicos internacionais e torná-las obrigatórias para todos os estados. Garantir o controlo seguro para o seu cumprimento por parte das organizações internacionais, antes de tudo da Agência Internacional de Energia Atómica", acrescentou Medvedev.
Dmitri Medvedev visita hoje a Central Nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, onde se deverá encontrar com o seu homólogo ucraniano, Victor Ianukovitch.
Alexandre Lukachenko, Presidente da Bielorrússia, outro dos países atingido pelas consequências da catástrofe de Chernobyl, não participará no encontro devido às más relações existentes entre ele e Medvedev.