Depois dos atentados do 11 de Setembro, as empresas aeronáuticas reforçaram a segurança das portas de acesso aos controlos dos aviões. Conheça o sistema que poderá ter impedido o piloto de regressar aos comandos do avião da GermanWings.
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Esta quinta-feira, soube-se que o avião da Germanwings terá sido despenhado propositadamente pelo copiloto, depois de o piloto ter ficado fechado fora do cockpit do avião. A Airbus, construtora do avião que caiu em França, tem um vídeo explicativo do sistema que poderá ter impedido o acesso à frente do aparelho.
No vídeo, percebe-se que os procedimentos de entrada no cockpit têm um protocolo específico e que esta depende, em última análise, de quem está aos comandos do avião.
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Em caso de incapacidade da tripulação, é necessário utilizar um código para abrir a porta, mas o acesso só acontece se quem estiver aos comandos do aparelho não executar nenhuma ação. Nos 30 segundos após ser digitado o código, um alerta surge dentro do cockpit e a abertura da porta pode ser abortada.
Esta informação leva a crer que, no caso do avião despenhado, o Comandante ficou retido fora do cockpit e poderá ter sido impedido pelo copiloto de regressar, mesmo digitando o código de acesso de emergência.
As companhias aéreas Easyjet, Norwegian, Icelandair e Air Transat anunciaram, esta quinta-feira, que passaram a impor a presença em permanência de duas pessoas no cockpit dos aviões, numa reação à informação de que o acidente da Germanwings foi provocado pelo copiloto.
A companhia finlandesa Finnair já aplicava esta medida. "O manual já prevê duas pessoas em permanência no cockpit. Se um piloto se quiser ausentar, outro membro da tripulação tem obrigatoriamente de entrar", explicou a porta-voz da Finnair, Päivyt Tallqvist.