A sessão de votação do processo de destituição da presidente Dilma Rousseff já começou, com o presidente do Senado a dizer que será "longa e traumática" para o Brasil.
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Os trabalhos começaram às 10 horas locais (14 horas em Portugal continental) e segundo o anúncio feito, terça-feira, pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, na primeira fase da sessão os senadores inscritos falarão alternadamente até 15 minutos.
Depois de todos os inscritos falarem, o relator da Comissão Especial, Antônio Anastasia, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, que defende Dilma Rousseff, disporão cada um de também 15 minutos para a respetiva intervenção.
A segunda fase será a votação eletrónica. Finalmente, Renan Calheiros anuncia o resultado, que tem de ser publicado nos Diários dos Senado e do Congresso.
Se 41 dos 81 senadores, que constituem o plenário, decidirem o afastamento de Dilma Rousseff, a presidente será notificada e afastada por até 180 dias.
A presidente brasileira é acusada de ter realizado manobras fiscais para melhorar as contas públicas e também de ter autorizado despesas sem o consentimento do Congresso.
O processo continuará até ao julgamento final da chefe de Estado, que se for condenada perderá o cargo e não poderá desempenhar cargos públicos por oito anos.