O soldado norte-americano que no domingo matou 16 civis no Afeganistão pode enfrentar a pena de morte se for condenado nos Estados Unidos pelo ataque, disse, esta terça-feira, o secretário de Defesa norte-americano, Leon Panetta.
Corpo do artigo
"Segundo entendo, nestes casos isso seria considerado", disse Panetta em resposta a uma pergunta sobre se a pena capital é uma hipótese no caso do soldado norte-americano, indicou o diário "Los Angeles Times".
O soldado, cuja identidade não foi divulgada, entregou-se voluntariamente aos seus superiores, a quem relatou os acontecimentos, assegurou Panetta, que falou aos jornalistas a partir do avião em que viaja para o Quirguistão.
"Saiu muito cedo, foi a esses lugares e disparou sobre essas famílias, e depois voltou à base de operações e basicamente entregou-se", disse o chefe do Pentágono.
O alegado autor do crime é um sargento de 38 anos que chegou ao Afeganistão pela primeira vez em dezembro do ano passado. Anteriormente tinha estado no Iraque.
Segundo indicou um funcionário do Departamento de Defesa à CNN, o sargento era um atirador de elite da infantaria treinado para matar a 800 metros de distância.
O porta-voz do Pentágono, George Little, disse que o sargento será julgado nos Estados Unidos e, provavelmente, num tribunal marcial, que tem "meios severos para punir os crimes".
"O soldado nunca esteve sob a custódia das forças afegãs e não será punido pelo sistema de defesa afegão", acrescentou Little.
O incidente agravou o mal-estar da população afegã em relação às tropas norte-americanas, já melindrada com a recente queima de exemplares do Alcorão na principal base da NATO em solo afegão.