Um soldado israelita morreu, esta segunda-feira, na sequência de uma explosão perto da cidade palestiniana de Tamun, no norte da Cisjordânia ocupada, anunciou o exército de Israel.
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O soldado, de 31 anos, foi morto quando o veículo em que viajava detonou um explosivo à beira da estrada, segundo a mesma fonte, citada pela agência espanhola EFE.
Dois outros soldados ficaram feridos, de acordo com a investigação preliminar do exército, noticiaram os meios de comunicação social de Israel.
A Cisjordânia ocupada tem estado a atravessar uma onda de violência, considerada como a pior desde a segunda Intifada (2000-05), e pelo menos 19 palestinianos morreram desde o início do ano em confrontos com as forças israelitas.
Em 2024, foram mortas quase 500 pessoas, incluindo pelo menos 75 menores.
As autoridades israelitas anunciaram no domingo o destacamento de um grande número de soldados em toda a Cisjordânia para preparar a libertação de prisioneiros palestinianos no âmbito do acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza.
Os primeiros 90 prisioneiros, a grande maioria mulheres e crianças detidas por delitos menores, foram libertados hoje de manhã e transferidos para a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental.
A primeira fase do acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns em Gaza entrou em vigor no domingo e, até agora, resultou na libertação de três reféns israelitas e de 90 prisioneiros palestinianos.
Na primeira fase do acordo, Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo de seis semanas, durante o qual 33 reféns israelitas serão gradualmente trocados por mais de 1900 prisioneiros palestinianos.
Durante as seis semanas, serão igualmente realizadas negociações para uma segunda fase da trégua, que permitirá a libertação de todos os reféns israelitas em Gaza e lançará as bases para o fim da guerra.
O acordo entrou em vigor no domingo, véspera de o republicano Donald Trump substituir o democrata Joe Biden na presidência dos Estados Unidos, e foi alcançado após 15 meses de guerra.
O atual conflito foi desencadeado por um ataque do Hamas contra Israel em 7 de dezembro de 2023, que causou cerca de 1200 mortos e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar de grande envergadura na Faixa de Gaza que provocou até agora cerca de 47 mil mortos, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.
O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) anunciou hoje que 92% das casas na Faixa de Gaza, correspondente a cerca de 436 mil casas, foram destruídas ou danificadas em consequência da operação israelita.
O OCHA disse também que 90% dos civis palestinianos foram deslocados das suas casas, segundo a agência palestiniana WAFA.