É mais uma descoberta que está a deixar as autoridades sul-coreanas preocupadas com o desenvolvimento militar do país vizinho. O soldado norte-coreano que, em novembro, fugiu para a Coreia do Sul é imune ao antraz.
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A Coreia do Sul ainda não confirmou se o homem foi vacinado ou esteve exposto ao antraz, mas garante que o soldado desenvolveu imunidade antes de fugir, explica o "Channel A".
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"Foram encontrados anticorpos de antraz no soldado norte-coreano que fugiu este ano", disse um militar sul-coreano, sob anonimato.
A descoberta está a deixar os responsáveis sul-coreanos preocupados sobre um eventual plano da Coreia do Norte envolvendo a utilização de antraz, numa altura em que a relação entre os dois países regista grandes níveis de tensão.
A doença pode matar pelo menos 80% das pessoas que estiverem expostas à bactéria em apenas 24 horas, quando não existem vacinas ou antibióticos disponíveis.
Choi Hyun-soo, porta-voz do ministério da defesa da Coreia do Sul, já disse que espera que o país tenha disponível uma vacina para o final de 2019.
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Na região, as suspeitas de que a Coreia do Norte possa estar a desenvolver armas biológicas cresceram depois de, em 2015, o regime politizar as unidades de pesquisa do Instituto de Biologia em Pyongyang.
A Coreia do Norte tem-se esforçado em negar estas suspeitas, mas analistas no terreno identificaram a pistas que apontam para uma eventual produção de armas biológicas. A "International Business Times" avança mesmo que a Coreia do Norte terá testado o carregamento de antraz em alguns dos seus mísseis.