Os dois homens detidos por suspeita de planearem atentados "em locais emblemáticos" de Bruxelas na passagem de ano são habitantes de Anderlecht, uma das comunas da capital belga.
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Segundo a cadeia televisiva RTBF, um dos suspeitos seria já conhecido das forças da ordem por atos de vandalismo, mas desconhecem-se a idade, a nacionalidade e o local exato da sua detenção.
Já o jornal "Derniere Heure" precisou que um dos detidos tem 27 anos e o outro 30 anos e que fazem parte de um clube de motociclistas denominado 'Kamikazes Riders', que terá ligações a questões da Síria.
A Procuradoria belga divulgou, esta terça-feira, a detenção de seis pessoas, quatro das quais foram libertadas, no quadro de uma investigação que revelou "ameaças sérias de atentados em lugares emblemáticos de Bruxelas durante as festas de fim de ano".
Um dos suspeitos foi preso sob a suspeita de planear ataques e também por "desempenhar um papel de liderança em atividades de um grupo terrorista e recrutar", enquanto outro enfrenta acusações de planeamento e "participação em ativistas de um grupo terrorista", refere o mesmo comunicado.
A imprensa local relata uma "operação antiterrorista discreta, mas importante" realizada nos últimos dias, em Bruxelas, na região de Liège e na província Brabante flamenga.
No comunicado da Procuradoria, lê-se ainda que durante as buscas foram apreendidos material informático, equipamentos de treino do tipo militar e propaganda do grupo extremista Estado Islâmico.
Para tomar a decisão de manter, ou não, os festejos do final de ano no centro de Bruxelas, o presidente daquela comuna, Yvan May, pediu ao Órgão de Coordenação para a Análise de Ameaças (OCAM, em francês) um parecer e que deve ser feito na tarde de quarta-feira.
A Bélgica mantém o nível 3 de alerta, que inclui uma vigilância maior em ocasiões de concentração de pessoas, tendo o último Conselho de Ministros decidido prolongar a presença de militares nas ruas até 20 de janeiro.
A Belga, agência noticiosa, avançou uma análise da Ocam datada de segunda-feira, que definiu como possíveis alvos de ataques a Grand Place, a Esquadra Central da Polícia de Bruxelas, militares e polícias fardados", pelo que decidiu aumentar o nível de alerta para esquadras, sobretudo na zona do centro, até 04 de janeiro.
A Ocam não defendeu o aumento generalizado do alerta por "não ser iminente" um ataque.
Segundo a Belga, a Ocam considerou haver "uma possível e credível ameaça, ao mesmo estilo dos ataques em Paris".