Dois estudantes norte-americanos sobreviveram, durante nove dias, a uma tempestade de neve que os encurralou numa floresta, na Nova Zelândia. Os jovens racionaram a comida e aqueceram-se em fontes de água quente até conseguirem ir ao encontro da equipa de salvamento.
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Alec Brown e Erica Klintworth, ambos de 21 anos, decidiram acampar durante alguns dias na Ilha Sul da Nova Zelândia, antes de começar a época final de exames escolares.
Os alunos, integrados num programa de estudos da Universidade de Wisconsin, iniciaram a viagem a 1 de junho, para a qual apenas levaram material de campismo e alguma comida.
No entanto, uma série de chuvas fortes seguidas de uma tempestade de neve encurralaram os dois jovens no local. Assim, Alec e Erica só viriam a ser encontrados oito dias depois do início do seu passeio.
"Eles iam descansar, relaxar nas fontes de água quente e aproveitar para estudar para os exames finais", contou Katie Jenkins, amiga comum aos dois estudantes.
Katie levou Alec e Erica até ao Parque Nacional da Ilha Sul, lugar onde o casal iria acampar. Apesar de ter sido a última pessoa a estar em contato com os jovens, Katie só alertou a polícia oito dias depois, altura em que deu conta de que os amigos poderiam estar desaparecidos.
Retidos pela neve, Alec e Erica viram-se obrigados a racionar a comida e a aquecerem-se nas fontes de água quente que os impediriam "de arrefecer e de perder energia".
As noites "foram o período do dia mais difícil de aguentar", devido à intensidade da chuva. "Atravessámos o rio com água gelada até à cintura", frisou Alec, citado pelo jornal "The Huffington Post". "Quando já estávamos a subir as montanhas, tapados pela densidade da floresta, ouvimos o barulho de um helicóptero que assumimos andar à nossa procura, mas ele não nos detetou", acrescentou.
Os jovens prosseguiram caminho e acabaram por encontrar outra equipa de buscas ao pé de uma estrada. Alec Brown e Erica Klintworth regressaram à cidade neozelandesa Christchurch, depois de terem sido descobertos.
Alec explica que sobreviveu graças à sua experiência em atividades de campismo e de montanhismo. "Acredito que levamos a vida nas mãos quando entramos numa floresta e, como tal, deveremos estar preparados para todas as situações possíveis", reforçou o jovem.
"Podíamos estar mais bem preparados, no entanto, conseguimos sair daquele local vivos", acrescentou.