Os testes clínicos de uma vacina contra a Covid-19, que estão a ser desenvolvidos na Universidade de Oxford, podem estar terminados em agosto.
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Os testes clínicos em humanos começaram na quinta-feira e os investigadores acreditam que, no próximo mês, saberão se a vacina consegue uma forte resposta imunitária ao vírus, adiantou, este sábado, à BBC John Bell, professor de medicina na Universidade de Oxford e membro de um comité governamental, composto por vários especialistas, que visa o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19.
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Só em maio será possível atestar a eficácia da vacina, já que, para isso, precisa de ser testada num "número significativo" de pessoas, menciona o especialista.
"Se for eficaz, então creio que é razoável pensar que poderíamos terminar os testes em meados de agosto", afirmou, acrescentando que tudo estará bem encaminhado "se houver provas de uma forte resposta imunitária em meados ou finais de maio".
Obtendo bons resultados nas fases de testes, segue-se o fabrico de "milhares de milhões de doses", explicou o investigador.
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Estas novidades sobre a vacina surgem depois de ter sido revelado que alguns hospitais britânicos podem ficar sem equipamentos de proteção individual (EPI) este fim de semana.
Entre fortes críticas, o ministro da Saúde do Governo inglês, Matt Hancock, apelou às empresas que se disponibilizassem para fabricar estes equipamentos, já que é difícil encontrar estes produtos no mercado, devido à "forte procura a nível mundial".
O Reino Unido regista 108,692 casos positivos. A nível global, a pandemia já provocou mais de 150 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (mais de 36 mil) e mais casos de infeção confirmados (mais de 700 mil). Seguem-se Itália (22 mil mortos, em mais de 172 mil casos), Espanha (20 mil mortos, mais de 191 mil casos) e França (18 mil mortos, mais de 147 mil casos).