A Polícia Nacional espanhola deteve, em La Línea de la Concepción (Cádis), três cidadãos estrangeiros que são alegados membros da al-Qaeda e estariam a planear "um atentado em Espanha e/ou em outros países da Europa". Nas buscas foi encontrada uma quantidade não detalhada de material explosivo.
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Uma quantidade não detalhada de material explosivo foi encontrada na rusga efetuada, esta quinta-feira, à casa de um dos três cidadãos estrangeiros, alegados membros da al-Qaeda, detidos na quarta-feira em duas operações em Espanha.
Jorge Fernández Díaz, ministro do Interior espanhol, disse que as investigações apontam para "indícios claros" de que os três detidos poderiam cometer atentados em Espanha ou noutros países europeus.
"Há indícios claros na investigação de que os detidos poderiam estar a planear um atentado em Espanha e/ou em outros países da Europa", disse, em conferência de imprensa, detalhando dados da operação, em que foram detidos dois cidadãos da Europa de leste e um turco. "Havia material altamente lesivo (...) e em suficiente quantidade para fazer explodir um autocarro", disse.
Segundo explicou o ministro, as detenções decorreram no âmbito de "uma das maiores investigações realizadas até ao momento contra a organização al-Qaeda a nível internacional".
Dois detidos, da europa de leste, foram apanhados por agentes policiais cerca das 00.35 horas de quarta-feira numa localidade de Ciudad Real, durante uma escala de uma viagem em autocarro entre Cádis e Irun, de onde "pretendiam chegar a França".
"Um dos detidos ofereceu uma resistência descomunal devido à sua formação militar", disse o governante, explicando que nas investigações foi encontrada variada documentação ainda a ser analisada.
O cidadão turco foi detido cerca das 13.30 horas de quarta-feira na casa onde residia, em La Linea de la Concepcion (Cádis), e onde foi encontrado o material explosivo.
"O material está a ser analisado pelos laboratórios correspondentes. Um dos detidos tem grande experiência no fabrico de explosivos", disse.
Os dois cidadãos detidos primeiro - e que se encontravam em Espanha há cerca de dois meses - são considerados "elementos operativos da al-Qaeda" e o cidadão turco é considerado um elemento "facilitador" da organização terrorista.