O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu, na sexta-feira, o apoio anunciado na quinta-feira pelo seu homólogo russo, Vladimir Putin, para ajudar o líder norte-coreano Kim Jong-un no processo de desnuclearização do país.
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"Estão a ser feitos muitos avanços", referiu Trump aos jornalistas, na Casa Branca, acrescentando: "Valorizo a declaração de ajuda do Presidente Putin. Ele também quer que isso aconteça".
"Creio que há muito entusiasmo pela ideia de chegar a um acordo com a Coreia do Norte", concluiu.
Durante a sua primeira reunião com Kim Jong-un, na cidade russa Vladivostoque, Putin garantiu que o Kremlin quer o desarmamento nuclear da Coreia do Norte, mas defendeu a soberania da Coreia do Norte e criticou a Casa Branca, por considerar que não devem ser feitos ultimatos nem demandas unilaterais.
"Eles [norte-coreanos] só precisam de garantias de segurança. Apenas isso", referiu Putin durante uma conferência de imprensa, após a cimeira com o líder da Coreia do Norte.
Contudo, o Presidente russo não referiu um eventual alívio das sanções internacionais sobre a Coreia do Norte, um ponto-chave para o regime norte-coreano.
Hoje, Trump garantiu estar contente pelo apoio da Rússia e China aos EUA, e defendeu que tem "uma grande relação com Kim Jong-un", apesar do fracasso da cimeira que ocorreu entre os dois dirigentes, em fevereiro, em Vietname.
"A China está a ajudar-nos porque quer. Creio que não querem armas nucleares no país", considerou Trump.
"Mas também acredito que está a ajudar-nos porque estamos [em negociações] num acordo comercial que, com certeza, vai muito bem", sublinhou Trump.
Na quinta-feira, Donald Trump garantiu que "em breve" irá receber, na Casa Branca, o Presidente chinês, Xi Jinping, o que alguns especialistas interpretaram como um sinal de progresso nas negociações, que tiveram início em dezembro, para pôr fim à guerra comercial.
Tanto Trump como Kim disseram estar disponíveis para realizar uma terceira cimeira, mas até ao momento não foi feito nenhum contacto entre os países dos dois dirigentes, após a segunda cimeira, no Vietname.
Os EUA consideraram que a segunda cimeira foi um fracasso devido às exigências norte-coreanas de retirada de todas as sanções norte-americanas em troca de avanços no processo de desnuclearização.
A Coreia do Norte, por seu lado, garantiu que apenas pediu um alívio parcial, segundo noticia a agência noticiosa EFE.