O túmulo do homem que é considerado o Che Guevara africano, o antigo presidente do Burkina Faso, Thomas Sankara, foi recentemente profanado, segundo a edição desta sexta-feira do jornal local Le Pays, noticia a Efe.
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Segundo o diário burquinense, a parte superior do túmulo, inclusive o epitáfio (mensagens escritas nos túmulos), de Thomas Sankara foi destruída.
"Vamos pedir uma investigação", afirmou Alexandre Sankara, um dos porta-vozes da oposição burquinense, que apesar de ter o mesmo apelido do antigo revolucionário não possui qualquer relação de parentesco.
Thomas Sankara, que governou o Burkina Faso desde 1983 até 1987, data em que foi assassinado, é considerado um ícone marxista e panafricanista.
"Vamos esperar os resultados da investigação antes de reconstruir o túmulo", adiantou Alexandre Sankara.
A lenda de Thomas Sankara, jovem militar que chegou à presidência com 33 anos e implantou a revolução no seu país, tornou-se maior a 15 de Outubro de 1987 quando foi assassinado, juntamente com mais doze membros do seu gabinete, na sequência de um golpe de estado.
Em 2008, o Comité de Direitos Humanos da ONU, encerrou o caso, sustentando que o Executivo do Burkina Faso tinha cumprido dois requisitos básicos: pagar uma indemnização à família de Sankara e mostrar o lugar do seu enterro.