A Turquia bombardeou posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte do Iraque, pela primeira vez desde a tentativa de golpe de Estado contra o regime de Recep Erdogan.
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Aviões F-16 das forças armadas atacaram na terça-feira posições do PKK curdo (separatistas) na região de Hakurk e 20 militantes morreram, anunciou a agência governamental Anadolu, cinco dias depois de uma tentativa de golpe de Estado lançada por um grupo de militares rebeldes, incluindo da Força Aérea.
O ex-chefe da Força Aérea general Akin Ozturk, 25 outros ex-generais e muitos soldados foram presos, suspeitos de terem planeado uma tentativa de golpe de Estado na sexta-feira passada, em que tropas rebeldes usaram aviões a jato e tanques para tentar derrubar o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Esta quarta-feira, assinala-se o primeiro aniversário do reinício da luta entre as forças de segurança turcas e o PKK, após dois anos e meio de tréguas. O cessar-fogo tinha acalentado esperanças de um acordo de paz para acabar com o conflito de três décadas da Turquia com o PKK.
Em vez disso, o PKK voltou aos ataques de rotina contra as forças de segurança, que, por sua vez, retaliaram com operações em centros urbanos na Turquia e raides aéreos nas montanhas do sudoeste da Turquia e nas bases do PKK no norte do Iraque.
A Turquia foi alvo de uma tentativa de golpe de Estado na sexta-feira à noite, mas o presidente, Recep Erdogan, e Governo recuperaram o controlo do país no sábado.
O último balanço do governo turco aponta para 308 mortos entre revoltosos, civis e forças leais a Erdogan e mais de 1400 feridos.
Segundo o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, mais de 7500 pessoas foram detidas no âmbito do inquérito à tentativa de golpe de Estado na Turquia, incluindo 6038 militares, 755 magistrados e 100 agentes da polícia.