O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou o envio de mais unidades militares para a zona de conflito no leste do país, onde as forças governamentais enfrentam as milícias separatistas pró-russas.
Corpo do artigo
"Fazemos isto para demonstrar claramente que a trégua não é uma demonstração de debilidade da Ucrânia mas da sua força. E aqueles que tentam violá-la pagarão com a vida", disse Poroshenko numa reunião com líderes dos grupos parlamentares.
Segundo uma nota da presidência, Poroshenko informou os parlamentares de que está em curso um reagrupamento das forças na zona de conflito e o envio de unidades adicionais para as zonas de maior perigo.
O presidente elogiou a atuação do exército e agradeceu o apoio parlamentar ao decreto de mobilização que vai permitir incorporar cerca de 100 mil recrutas e reservistas em 2015.
"Esta mobilização fortalecerá as nossas forças e permitirá a rotação dos militares que estão na frente, para que possam descansar e restabelecer a sua capacidade combativa", disse.
Violentos combates nas últimas 24 horas fizeram pelo menos 11 mortos no leste ucraniano.
Segundo um porta-voz militar, seis soldados foram mortos e 18 ficaram feridos nos combates pelo controlo de um aeroporto, enquanto um civil foi morto num ataque dos rebeldes a um posto de controlo.
Por outro lado, segundo responsáveis locais do bastião rebelde de Donetsk, quatro civis morreram num incêndio provocado por um bombardeamento.
Quase 5 mil pessoas morreram nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, desde abril de 2014, quando Kiev lançou uma operação militar contra o levantamento separatista que se declarou após o afastamento do presidente pró-russo Viktor Ianukovich, dois meses antes.