A União Europeia condenou, este domingo, oficialmente o referendo na Crimeia, considerando-o "ilegal e ilegítimo", e anunciou que serão decididas sanções na segunda-feira. Ao mesmo tempo, os EUA também anunciaram que não vão reconhecer o resultado do referendo e apelou a Moscovo para que retire as suas forças militares para as bases daquela região.
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"O referendo é ilegal e ilegítimo e o seu resultado não será reconhecido", declararam os presidentes do conselho europeu e da Comissão, Herman Van Rompey e José Manuel Durão Barroso, num comunicado conjunto.
O comunicado acrescenta que os ministros dos Negócios Estrangeiros vão pronunciar-se sobre novas sanções, na reunião marcada para segunda-feira.
Com base nos últimos desenvolvimentos, os ministros dos Negócios Estrangeiros vão "examinar a situação amanhã [segunda-feira], em Bruxelas, e pronunciar-se sobre as medidas adicionais conformes com a declaração dos chefes de Estado e de governo de 6 de março", indica o comunicado.
Os dirigentes europeus chegaram a acordo acerca da aplicação de sanções, como o congelamento de bens e a restrição de vistos, se a Rússia não se comprometer rapidamente num desagravamento da tensão.
Por sua vez, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou que os EUA não vão reconhecer o resultado do referendo na Crimeia e apelou a Moscovo para que retire as suas forças militares para as bases daquela região.
"Os EUA não reconhecerão o resultado" do referendo, que está a decorrer na Crimeia, disse John Kerry, pedindo que a Rússia apoie as reformas constitucionais pretendidas pela Ucrânia e faça com que os seus soldados regressem às bases militares, refere um comunicado do departamento do Estado norte-americano.
O secretário de Estado norte-americano falou ao telefone com o seu homólogo russo Serguei Lavrov e voltou a afirmar o carácter ilegal do referendo. John Kerry "deixou claro que esta crise só pode ser resolvida politicamente" e que com os ucranianos a avançarem com as necessárias medidas, reciprocamente a Rússia deve ordenar que as forças militares voltem às suas bases, referiu o departamento de Estado.