O balanço do ataque químico contra a povoação síria de Khan Cheikhoun eleva-se a 86 mortos.
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O novo cálculo foi divulgado esta quarta-feira à noite pelo Observatório sírio dos direitos humanos (OSDH).
O balanço precedente do Observatório sobre o ataque de terça-feira referia-se a 72 mortos, incluindo 20 crianças e 17 mulheres, e 160 feridos.
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"Há 30 crianças e 20 mulheres entre as vítimas", um balanço mais elevado devido à morte de feridos graves, precisou o OSDH.
Dezenas de pessoas, incluindo crianças, foram mortas após um ataque aéreo registado na terça-feira de madrugada sobre Khan Cheikhoun, um bastião rebelde e jiadista do noroeste sírio.
Segundo médicos no local, os sintomas revelados pelos pacientes são semelhantes aos registados nas vítimas de ataques químicos, designadamente pupilas dilatadas, convulsões e espumar da boca.
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O ataque impeliu diversos países ocidentais a questionarem o regime de Bashar al-Assad. Damasco continua a negar qualquer envolvimento no ataque, enquanto Moscovo considerou "inaceitável" um projeto de resolução apresentado na ONU por Estados Unidos, França e Reino Unido, que condena o ataque de terça-feira.
No decurso de uma reunião de urgência do Conselho de Segurança (CS), a embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, fustigou a Rússia por não ter conseguido "moderar" o seu aliado sírio, ao interrogar-se de "quantas crianças vão ainda morrer antes que a Rússia se preocupe?".
A representante do Washington também assegurou que Washington tomará medidas unilaterais na Síria caso a ONU não opte por uma resposta ao alegado ataque químico.