Um dos homens acusado pelas autoridades do Reino Unido pela morte por envenenamento do antigo espião russo e crítico do Kremlin Alexander Litvinenko, em Londres, em 2006, morreu aos 57 anos.
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A morte de Dmitry Kovtun, por covid-19, foi anunciada na rede de mensagens Telegram por Andrei Lugovoi também acusado pela morte do antigo espião russo.
Um inquérito conduzido pelas autoridades britânicas concluiu que Kovtun e Lugovoi foram responsáveis pela morte de Litvinenko e que o presidente russo, Vladimir Putin, "provavelmente aprovou" a operação, mas o Kremlin rejeitou qualquer envolvimento.
Kovtun e Lugovoi também negaram qualquer envolvimento na morte de Alexander Litvinenko.
O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos concordou com as conclusões do inquérito britânico.
Ex-agente da KGB (atualmente serviço federal de segurança russo/FSB), Alexander Litvinenko tinha sido demitido dos serviços de segurança russos, após ter mencionado um estudo sobre a possibilidade de assassinar um empresário.
Litvinenko recebeu asilo no Reino Unido em 2001 e, em seguida, denunciou a corrupção e as supostas ligações dos serviços de informação russos com o crime organizado.
O ex-espião russo morreu em 23 de novembro de 2006, em resultado de envenenamento com polónio-210, uma substância radioativa extremamente tóxica. Enquanto estava a morrer, apontou a responsabilidade pelo seu envenenamento ao Presidente russo.
Num relatório de investigação publicado em 2016, as autoridades britânicas indicaram Dimitri Kovtun e Andrei Lougovoy como os autores do assassínio de Alexander Litvinenko.
Questionado pela AFP em julho, Lugovoi garantiu que este caso "permanecerá um mistério coberto pelas trevas" e questionou os serviços secretos britânicos, que "estão a fazer todo o possível" para que nunca se saiba a verdade.
Moscovo sempre se recusou extraditar os dois suspeitos para o Reino Unido.