Um morto e três feridos, em acidentes, e várias detenções, por ilícitos eleitorais, perfazem o balanço do arranque da campanha para as presidenciais de 15 de outubro em Moçambique.
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"Houve dois casos de quedas acidentais, mas uma jovem não resistiu ao embate e perdeu a vida no hospital. Uma pessoa continua internada e outras duas tiveram alta após observação", disse à Lusa fonte do Hospital Provincial de Chimoio, a maior unidade da região.
Os acidentes, disse, ocorreram durante a madrugada, quando os apoiantes dos partidos políticos iniciaram a colagem de panfletos de propaganda eleitoral. No primeiro caso, as vítimas caíram de uma viatura durante uma manobra perigosa e, no segundo, quando o carro iniciava a marcha.
"Continuamos em prontidão para atender casos específicos durante a campanha eleitoral, quer em pessoal, quer em medicamentos", declarou a fonte, assegurando que o banco de socorro daquele hospital já tem equipas preparadas.
Entretanto, a polícia deteve em Manica dois membros do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força politica, e um membro da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, por destruição de material de propaganda da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder).
Em Gondola, informou a polícia, um militante da Renamo foi detido por destruir um panfleto do candidato da Frelimo, para no seu lugar colocar o do seu partido.
Já em Chimoio, dois jovens do MDM também foram detidos - um por destruir material de propaganda da Frelimo e por se ter envolvido em confrontos violentos, durante o cruzamento de grupos adversários, e outro por condução ilegal.
"Registamos três casos de atropelos à lei eleitoral, em que ficaram detidas três pessoas, por destruição de material de campanha e condução ilegal numa caravana política", declarou à Lusa Belmiro Mutadiua, porta-voz da polícia em Manica, garantindo que a força de segurança "será implacável para reprimir atos marginais à lei".
Os processos-crimes, disse, já foram instaurados e deverão seguir os trâmites, sendo remetidos aos tribunais judiciais, visto que os tribunais eleitorais, previstos na nova lei eleitoral, não estão em funcionamento em Manica.
A campanha para as eleições gerais moçambicanas, que arrancou hoje, durará 45 dias.