Uma dezena de ex-militares franceses, alguns das forças especiais ou da Legião Estrangeira, juntaram-se a diferentes grupos jiadistas no Iraque e na Síria, noticiaram, esta quarta-feira, a rádio "RFI" e o jornal "L'Opinion".
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Questionado sobre esta notícia, o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, confirmou-as parcialmente, afirmando que "os casos de antigos militares tentados por uma aventura jiadista são extremamente raros".
"A DPSD (Direção de Proteção e Segurança da Defesa) vai reforçar a vigilância e os meios da DPSD vão ser aumentados", acrescentou o ministro, que falava numa conferência de imprensa sobre as novas medidas antiterroristas anunciadas pelo Governo.
Segundo a RFI, a maioria desses ex-combatentes juntou-se à organização Estado Islâmico e um deles comanda um grupo de uma dezena de franceses em combate na região de Deir Ezzor (nordeste da Síria).
"Outros são especialistas em explosivos. (...) Trata-se de jovens, de 20 e tal anos, alguns convertidos, outros oriundos da comunidade árabo-muçulmana", precisou ainda a rádio.
Segundo o "L'Opinion", um dos ex-militares serviu no 1.º Regimento de Paraquedistas de Infantaria da Marinha de Bayonne (sudoeste), uma força de elite das Forças Armadas francesas, onde recebeu formação em técnicas de combate, tiro e sobrevivência.
O jornal adianta também que, depois de cinco anos naquela força, o homem, cuja família é de origem magrebina, integrou uma empresa de segurança privada ao serviço da qual trabalhou em instalações petrolíferas na Península Arábica.
"Foi então que progressivamente se radicalizou", escreve o jornal, acrescentando que terá sido então despedido e viajado para a Síria.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, que apresentou uma série de medidas antiterroristas, afirmou que as autoridades francesas precisam de vigiar "quase 1 300 pessoas" envolvidas com grupos jiadistas na Síria e no Iraque.